27 junho 2010

Galeria dos Prazeres - Agradecimento


"Sem saber do marketing exemplar"
António Aragão
Técnica mista 65cmx50cm 1992


A família de António Aragão, em especial Marcos Aragão Correia e Estela Mendes Correia, respectivamente filho e esposa de António Aragão, desejam agradecer publicamente à Galeria dos Prazeres, em especial à Dra. Patrícia Sumares e ao Dr. Guilherme de Nóbrega, a excelente organização da exposição “Os monstros”, de António Aragão, que decorreu nesta Galeria de Arte nos meses de Fevereiro e Março de 2010.

Descobrir um poeta... por António Aragão


«Descobrir um poeta é encontrar uma alma e uma época. É estanho e bom. Mas se esse poeta surge do passado longínquo rodeado de mistério e lenda, sua alma reaparece como uma flor desbotada que retoma viço e cor e a época oferece-se com um viver mais perto que se acusa.
Descobrir um poeta é tocar um homem. Porém, um homem ímpar no seu tempo, um ser total, sem sofismas nem fingimentos – umas mãos abertas a todos os ventos interiores.»

António Aragão, citado pela Biblioteca Municipal do Funchal (in http://bmfunchal.blogs.sapo.pt/19865.html).

Património imaterial


'Património Imaterial' desvenda tradições

'Estamos a dar às questões do património imaterial uma dimensão que geralmente nos passa um pouco despercebida a todos, e que neste caso passa por um conjunto de tradições, algumas das quais documentadas por fotografias, outras registadas em gravações', explicou ontem o secretário regional da Educação e Cultura, Francisco Fernandes, a propósito da exposição ontem inaugurada na Sala dos Arcos do Colégio dos Jesuítas (Universidade da Madeira).
A mostra, da responsabilidade da Direcção Regional dos Assuntos Culturais, baseia-se em recolhas feitas nos anos 70 por Artur Andrade e António Aragão, que estão neste momento a ser transcritas e digitalizadas, a partir dos originais em fita magnética, numa parceria entre a DRAC e a Direcção Regional de Educação (é o Departamento de Tecnologias Educativas que está a efectuar a transcrição).
Na mostra, montada com recurso a tecnologia multimédia, podem ver-se também fotografias do espólio de Pereira da Costa e Freitas Branco, documentando múltiplas práticas tradicionais. Mas também há projecção de silhuetas nas paredes brancas, de vídeos e a possibilidade de ouvir, com auscultadores, as entrevistas realizadas a populares residentes no meio rural, nas quais os mesmos falam das práticas tradicionais ainda existentes e também de algumas que entretanto já tinham desaparecido. Transcrições de extractos dessas conversas estão também inscritas em faixas brancas que atravessam o chão e as paredes.
'Património Imaterial - Recolhas dos Anos 70', a exposição que ficará patente ao público até 14 de Maio, é assim um modo de utilizar as modernas tecnologias 'para passar para as gerações seguintes aquilo que antes só se passava pela via oral (...)', acrescentou Francisco Fernandes, aproveitando para sublinhar o carácter de homenagem àqueles que recolheram e preservaram o cancioneiro tradicional e outros aspectos.

in Diário de Notícias Madeira, 17 de Abril de 2010 (http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/193570/5-sentidos/202289-patrimonio-imaterial-desvenda-tradicoes).

Relembrando... Peça de Teatro Desastre Nú


Peça de teatro 'Desastre Nu' tem cariz interventivo

Um olhar crítico sobre a sociedade é a proposta de 'Desastre Nu', de António Aragão, que a Contigo Teatro estreia no próximo dia 14 de Novembro, sexta-feira, às 21 horas, no auditório do Centro das Artes - Casa das Mudas, na Calheta.
'Trata-se do único texto escrito para teatro por António Aragão e é um espectáculo que, penso, irá permitir a reflexão sobre a condição humana', começou por dizer Maria José Costa, responsável da Contigo Teatro, da qual um dos fundadores foi o saudoso Carlos Varela.
'Neste espaço [auditório do Centro das Artes], serão denunciadas, digamos, imperfeições do ser humano e acho que será uma tomada de consciência para todos nós', acrescentou.
Não é por acaso que a acção de 'Desastre Nu' decorre numa lixeira: 'Serve para demonstrar como a humanidade cheira mal, porque o seu comportamento não é exemplar', explicou a encenadora do espectáculo.
Reconhecendo ser 'uma peça muito interventiva', Maria José Costa aludiu à estreia da companhia no Centro das Artes: 'Ficámos muito gratos pelo convite para virmos para aqui e era o espaço que escolheríamos para esta peça, mas como fomos convidados, agradecemos'.
O elenco de 'Desastre Nu' envolve oito actores, com alguns a desempenharem mais do que um personagem, para além de um grupo de alunos da Escola Básica e Secundária da Calheta.
Vítor Balanco, com 16 anos, é um dos estudantes desse estabelecimento de ensino e está a encarar a participação na peça como uma aliciante experiência: 'Acho que quer a mim quer aos meus colegas irá permitir conhecer o trabalho da Contigo Teatro, para além de aprendermos mais sobre esta arte, já que fazemos parte do núcleo cénico da nossa escola e estamos satisfeitos com o convite', concluiu o jovem.



in Diário de Notícias Madeira, 10 de Novembro de 2008 (http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/44935/5-sentidos/98573-peca-de-teatro-desastre-nu-tem-cariz-interventivo).