CMF vai adquirir parte do espólio de Aragão
A proposta de aquisição do espólio do artista madeirense partiu do CDS-PP
A Câmara Municipal do Funchal aprovou ontem, por unanimidade, a aquisição de parte do espólio do artista madeirense António Aragão, falecido em 2008, informou o presidente da autarquia, sem adiantar qual a verba disponível para o efeito.
“António Aragão é reconhecido [na Madeira], a pessoa e a obra, e face ao conhecimento de que obras da sua autoria estão para ser vendidas, a Câmara Municipal do Funchal não podia ficar indiferente”, salientou Paulo Cafôfo no final da reunião de câmara de ontem.
A proposta de aquisição de parte do espólio do artista partiu do CDS-PP na autarquia.
O espólio de António Aragão (pintor, escultor, escritor, historiador e investigador madeirense) foi posto à venda em leilão, depois de o Governo Regional ter recusado uma proposta para o adquirir.
Estava avaliado em 500 mil euros, sendo que cerca de 30% foi vendido no leilão que se realizou no Funchal, no passado fim-de-semana, e que foi um dos mais concorridos dos últimos anos.
“Não sabemos qual o número de peças que está disponível para aquisição, mas vamos desencadear o processo, tentando adquirir aquelas que tenham interesse museológico para o Funchal”, disse Paulo Cafôfo, explicando que o próximo passo será realizar uma peritagem e avaliação do espólio.
O autarca recusou, no entanto, informar qual verba que a câmara municipal dispõe para a investir na operação.
“Não podemos falar de valores enquanto não tivermos conhecimento das peças que ainda estão disponíveis, da peritagem e da avaliação que forem feitas”, declarou Paulo Cafôfo.
in Diário de Notícias Madeira, 27 de Fevereiro de 2015
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/501168/politica/501223-cmf-vai-adquirir-parte-%07do-espolio-de-aragao
“António Aragão é reconhecido [na Madeira], a pessoa e a obra, e face ao conhecimento de que obras da sua autoria estão para ser vendidas, a Câmara Municipal do Funchal não podia ficar indiferente”, salientou Paulo Cafôfo no final da reunião de câmara de ontem.
A proposta de aquisição de parte do espólio do artista partiu do CDS-PP na autarquia.
O espólio de António Aragão (pintor, escultor, escritor, historiador e investigador madeirense) foi posto à venda em leilão, depois de o Governo Regional ter recusado uma proposta para o adquirir.
Estava avaliado em 500 mil euros, sendo que cerca de 30% foi vendido no leilão que se realizou no Funchal, no passado fim-de-semana, e que foi um dos mais concorridos dos últimos anos.
“Não sabemos qual o número de peças que está disponível para aquisição, mas vamos desencadear o processo, tentando adquirir aquelas que tenham interesse museológico para o Funchal”, disse Paulo Cafôfo, explicando que o próximo passo será realizar uma peritagem e avaliação do espólio.
O autarca recusou, no entanto, informar qual verba que a câmara municipal dispõe para a investir na operação.
“Não podemos falar de valores enquanto não tivermos conhecimento das peças que ainda estão disponíveis, da peritagem e da avaliação que forem feitas”, declarou Paulo Cafôfo.
in Diário de Notícias Madeira, 27 de Fevereiro de 2015
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/501168/politica/501223-cmf-vai-adquirir-parte-%07do-espolio-de-aragao
Espólio de Aragão
Quero agradecer imenso a cobertura independente e de grande qualidade que o DN-Madeira tem efectuado sobre a obra do meu pai, António Aragão.
Também devido a esse vosso interesse, conseguimos o interesse da Câmara Municipal do Funchal, em unanimidade e após proposta do CDS, o que muito nos satisfaz.
Nunca é demais lembrar que temos tudo feito para salvaguardar o interesse público deste valioso espólio. Assim:
1.º - Todo o espólio histórico do meu pai foi doado, há já vários anos, ao Arquivo Regional da Madeira, ou seja, os estudos sobre História da Madeira; contudo, até ao momento, não temos conhecimento de nenhuma iniciativa da RAM que visasse trabalhar sobre esse mesmo espólio;
2.º - Após o falecimento da minha mãe, doei todo o espólio literário, com isto refiro-me aos manuscritos éditos e inéditos de prosa e poesia do meu pai, e ainda quase toda a correspondência entre o meu pai e artistas e escritores nacionais e internacionais, à Professora Diana Pimentel, que conseguiu uma licença sabática da UMA (de pelo menos 1 ano) para trabalhar em exclusivo neste vasto espólio literário, publicá-lo e elaborar ensaios sobre o mesmo; tudo isto com compromisso contratual;
3º - O restante espólio só foi levado a leilão devido ao total desinteresse de Alberto João Jardim;
4º - Contudo, no âmbito do leilão, foi exigido que a idoneidade dos compradores fosse apurada, e os seus contactos guardados, de modo a poder, mais tarde, reunir novamente o espólio caso haja oportunidade;
5º - A colecção de quadros “Os monstros”, últimas pinturas do meu pai, não foram levadas a leilão, estando neste momento a ser negociadas com museus de arte contemporânea europeus, nomeadamente com a Tate Gallery (que já manifestou interesse).
Além do mais, com todos os alertas por nós lançados, conservámos sempre a esperança de que alguma instituição pública mostrasse interesse. Como se veio a saber hoje, essa instituição foi a Câmara Municipal do Funchal, que, por iniciativa do CDS, aprovou ontem por unanimidade a compra do espólio do meu pai com maior interesse museológico. Como referi, também se deve esta conquista ao interesse do DN-Madeira. Muito obrigado!
Também devido a esse vosso interesse, conseguimos o interesse da Câmara Municipal do Funchal, em unanimidade e após proposta do CDS, o que muito nos satisfaz.
Nunca é demais lembrar que temos tudo feito para salvaguardar o interesse público deste valioso espólio. Assim:
1.º - Todo o espólio histórico do meu pai foi doado, há já vários anos, ao Arquivo Regional da Madeira, ou seja, os estudos sobre História da Madeira; contudo, até ao momento, não temos conhecimento de nenhuma iniciativa da RAM que visasse trabalhar sobre esse mesmo espólio;
2.º - Após o falecimento da minha mãe, doei todo o espólio literário, com isto refiro-me aos manuscritos éditos e inéditos de prosa e poesia do meu pai, e ainda quase toda a correspondência entre o meu pai e artistas e escritores nacionais e internacionais, à Professora Diana Pimentel, que conseguiu uma licença sabática da UMA (de pelo menos 1 ano) para trabalhar em exclusivo neste vasto espólio literário, publicá-lo e elaborar ensaios sobre o mesmo; tudo isto com compromisso contratual;
3º - O restante espólio só foi levado a leilão devido ao total desinteresse de Alberto João Jardim;
4º - Contudo, no âmbito do leilão, foi exigido que a idoneidade dos compradores fosse apurada, e os seus contactos guardados, de modo a poder, mais tarde, reunir novamente o espólio caso haja oportunidade;
5º - A colecção de quadros “Os monstros”, últimas pinturas do meu pai, não foram levadas a leilão, estando neste momento a ser negociadas com museus de arte contemporânea europeus, nomeadamente com a Tate Gallery (que já manifestou interesse).
Além do mais, com todos os alertas por nós lançados, conservámos sempre a esperança de que alguma instituição pública mostrasse interesse. Como se veio a saber hoje, essa instituição foi a Câmara Municipal do Funchal, que, por iniciativa do CDS, aprovou ontem por unanimidade a compra do espólio do meu pai com maior interesse museológico. Como referi, também se deve esta conquista ao interesse do DN-Madeira. Muito obrigado!
Marcos Aragão Correia.
in Diário de Notícias Madeira, 28 de Fevereiro de 2015
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/cartasdoleitor/edicao-2015-02-28/501440-espolio-de-aragao
in Diário de Notícias Madeira, 28 de Fevereiro de 2015
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/cartasdoleitor/edicao-2015-02-28/501440-espolio-de-aragao