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25 março 2025

António Aragão: resumo da sua intervenção no estudo e na defesa do património cultural da Região Autónoma da Madeira

Resumo da intervenção de António Aragão no estudo e na defesa do património cultural da Região Autónoma da Madeira

António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia nasceu em São Vicente (Madeira, Portugal) em Setembro de 1921. Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ingressou como Conservador no então Arquivo Distrital do Funchal em Dezembro de 1953. Por portaria da Junta Nacional da Educação foi nomeado Delegado dos Museus e Monumentos Nacionais na Madeira em Janeiro de 1954. Dois anos depois, integrou a Comissão Directiva do recém-criado Museu da Quinta das Cruzes designada pela Junta Geral do Distrito em 1956. Deveu-se a António Aragão, entre outras intervenções, a iniciativa da instalação de um Jardim Arqueológico no belíssimo parque que circunda a vetusta Casa das Cruzes. Absorvido na investigação histórica e na defesa do Património Cultural, solicita, não obstante, uma licença ilimitada em Janeiro de 1961 e abandona as funções que vinha exercendo no Arquivo. No mesmo ano, consumadas as escavações arqueológicas a que procedeu no local onde se erguia o Convento de Nossa Senhora da Piedade de Santa Cruz, partiu para a Europa e, na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou Etnografia na Universidade de Paris, com estágio no Museu do Homem. Ainda em Paris, especializou-se em Museologia sob a orientação de Henri Rivière, mais tarde director do Conselho Internacional de Museus da UNESCO. Seguiu posteriormente para Roma onde fez a aprendizagem de restauro de Arte no Instituto Central de Restauro, estagiando depois no laboratório de restauro do Vaticano. Já se achava na Madeira em 1964, mas somente em 1969 logrou regressar como Conservador ao Arquivo Distrital, assumindo em 1972 o cargo de Director até à sua aposentação em Dezembro de 1986. Publicou diversas obras no âmbito das suas investigações sobre a História insular. Faleceu no Funchal em Agosto de 2008. [Em 1972, António Aragão criou a Série Documental do boletim Arquivo Histórico da Madeira, tendo então sido transcrita a preciosa documentação inserta no Tombo 1.º do Registo Geral da Câmara do Funchal que remonta ao séc. XV.].

AS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS NAS RUÍNAS DO CONVENTO DE NOSSA SENHOR DA PIEDADE DE SANTA CRUZ EM 1961
Tratou-se da primeira intervenção arqueológica realizada na Madeira e deveu-se à iniciativa pioneira de António Aragão. Tudo começou em 1957, quando a construção de um aeroporto na freguesia de Santa Cruz era já uma certeza. António Aragão levou então a cabo uma prospecção no local onde apurara, fruto das suas aturadas investigações, ter sido erguido o Convento de Nossa Senhora da Piedade, uma vez que, de acordo com o projecto, seria abrangido pela almejada obra aeroportuária. Nessa primeira sondagem, colheu vestígios inequívocos de que as ruínas do desaparecido mosteiro franciscano, mandado erguer em 1518 pelo genovês Urbano Lomelino, jaziam de facto soterradas naquele preciso local. Tratando-se, porém, de uma propriedade privada e profusamente cultivada não foi possível, no momento, prosseguir as pesquisas. O relatório então efectuado por António Aragão, no âmbito das suas funções de delegado dos Museus e Monumentos Nacionais na Madeira, no qual propunha uma urgente intervenção arqueológica no local, mereceu parecer favorável da Junta Nacional da Educação, homologado por despacho ministerial em fins de 1958. Por essa razão, o plano de actividades da Junta Geral do Distrito para o ano de 1959, já previa no seu articulado fornecer a António Aragão a logística indispensável para proceder às escavações, ficando o respectivo espólio depositado no Museu da Quinta das Cruzes. No entanto, só após a expropriação daqueles terrenos para a projectada construção do Aeroporto de Santa Catarina, naturalmente morosa e burocrática, foi possível iniciar, em Março de 1961, os trabalhos de escavação que permitiram pôr a descoberto os alicerces do complexo conventual e elaborar uma minuciosa planta. O múltiplo espólio exumado por António Aragão, quer os diversos elementos arquitectónicos ­— tais como as cantarias lavradas da porta lateral da igreja ou do seu arco triunfal ­— quer os materiais azulejares e cerâmicos, ficou, com efeito, arrecadado no referido museu. Curiosamente, as vetustas «Casas das Cruzes», como outrora era designado aquele edifício, haviam sido, desde 1678, residência senhorial dos padroeiros do Convento de Nossa Senhora da Piedade. O mencionado espólio arquitectónico foi transferido para a Casa da Cultura de Santa Cruz em 1996.

O «ESTUDO DE PROSPECÇÃO E DEFESA DA PAISAGEM URBANA DO FUNCHAL» DE 1966
Em Outubro de 1964, António Aragão, na qualidade de Delegado dos Monumentos Nacionais na Madeira, enviou à Câmara do Funchal um breve relatório, ilustrado com fotografias captadas por Manuel Perestrelo, propondo uma base generalizada de classificação e urgente conservação dos elementos mais relevantes erguidos na cidade. Realmente, nessa época, estavam em curso, com o beneplácito da edilidade, lamentáveis delapidações no vetusto tecido urbano do Funchal, como por exemplo na Rua da Carreira ou na Rua das Pretas, onde interessantes edifícios dos séculos XVII e XVIII davam lugar a construções profundamente dissonantes e, além disso, implantadas num alinhamento recuado, originando insólitos recantos no secular traçado das velhas artérias. A proposta mereceu apenas um lacónico parecer: «Para estudos». No ano seguinte, a Câmara, agora com nova presidência, debateu com o Ministro das Obras Públicas a premência de serem tomadas medidas concretas tendo em vista a manutenção do carácter e fisionomia do Funchal antigo. Nesse sentido, em Dezembro de 1965, António Aragão foi convidado a elaborar um cadastro dos imóveis erguidos na cidade, cuja conservação se justificasse, a fim de servir de base aos trabalhos do Gabinete de Urbanização que entraria em funções no início de 1966. O arquitecto Rafael Botelho aceitaria, por seu turno, o convite para dirigir a equipa que daria corpo ao novo Plano Director da Cidade, aprovado em 1972. O Estudo de António Aragão, ilustrado uma vez mais com preciosas fotografias executadas por Manuel Perestrelo, onde se propunha uma classificação para cada um dos edifícios inventariados e as providências adequadas para a sua preservação, ficou concluído em Abril de 1967. O Funchal deve, portanto, em grande medida, ao minucioso levantamento de António Aragão — que em Maio de 1970 integrou a então criada Comissão Municipal de Arte e Arqueologia — a salvaguarda do seu património arquitectónico. Em 2013, o Arquivo Histórico da Madeira publicou as 443 imagens captadas para aquele trabalho, tendo sido elaboradas para o efeito as respectivas descrições catalográficas.

O INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARTÍSTICO E ARQUITECTÓNICO DOS CONCELHOS INSULARES
António Aragão, que no exercício das suas funções de Delegado na Madeira da Junta Nacional da Educação vinha recolhendo, desde a década de 1950, imagens das construções mais relevantes levantadas no espaço insular — como por exemplo do Convento de Santa Clara — ou efectuando registos pontuais de uma antiga igreja ou de uma velha capela, sempre pugnou pela realização sistemática de um inventário do património artístico, que constituía aliás uma das atribuições da Junta Geral do Distrito no sector cultural. Em 1968, o presidente da comissão directiva do Museu da Quinta das Cruzes propôs àquele corpo administrativo que António Aragão, membro da referida comissão, ficasse incumbido dessa complexa tarefa que urgia, quanto antes, pôr em prática, merecendo a sugestão despacho favorável. Numa primeira fase, seria levada a cabo a inventariação do património artístico e edificado de seis concelhos — Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Calheta, Santana, Machico e Santa Cruz — tendo Manuel Rosado, proprietário da Foto Liz, então contratado para o efeito, iniciado o respectivo levantamento fotográfico em 1969. A captação de imagens das seculares igrejas, das numerosas capelas existentes na Madeira, dos seus notáveis recheios — pinturas, peças de ourivesaria, esculturas, retábulos de talha dourada, tectos e azulejaria — e das diversificadas construções erguidas nesses espaços rurais, muitas das quais hoje desaparecidas, prosseguiu depois, ao longo dos anos seguintes, nos restantes concelhos insulares.

A CRIAÇÃO DA «COLECÇÃO FOTOGRÁFICA» DO ARQUIVO
No âmbito das suas funções e investigações históricas, António Aragão foi adquirindo paulatinamente nas casas fotográficas Vicentes e Perestrelos, na época meras firmas comerciais, antigas imagens, tanto do Funchal como das áreas rurais, não apenas dos seus vultos arquitectónicos erguidos nesses espaços e das remotas paisagens urbanas ou agrárias, mas igualmente de velhos usos e costumes do passado que esses fotógrafos lograram registar. O vasto material acumulado, resultante dos múltiplos trabalhos efectuados ao longo dos anos, permitiu a António Aragão ─ que menosprezava determinados conceitos arquivísticos anacrónicos que, ao contrário de agora, consideravam a fotografia um «documento menor» ─ criar no Arquivo um núcleo visual que sempre ambicionara e reputava de fundamental importância futura para as diversificadas áreas de trabalho abordadas pelos investigadores. Uma parcela relevante desse precioso acervo ─ sob o título Imagens Antigas do Funchal Urbano ─ foi dada à estampa, com exaustiva descrição catalográfica, no Arquivo Histórico da Madeira em 2017. A «Colecção Fotográfica» do Arquivo, como é hoje designada, encerra também inestimáveis reproduções de antigos registos iconográficos como, por exemplo, a de uma notável aguarela ─ a única imagem que se conhece ─ do pelourinho do Funchal, apeado em 1835.

OS LEVANTAMENTOS ETNOGRÁFICOS
Ao longo das suas prospecções, António Aragão não se ocupou apenas da efectuação dos inventários dos preciosos recheios e ornamentos do espaço sagrado das igrejas e capelas ou do estudo do notável património construído, tanto na cidade como no campo. Realmente, ao mesmo passo que uma interessante ermida era fotografada, um velho moinho que se levantava nas proximidades, um árduo trabalho agrícola ou um singelo apontamento do quotidiano rural não escapavam à sua esclarecida observação e ficavam de igual modo registados. E foi precisamente no espaço rural que António Aragão se debruçou nas suas variadas abordagens etnográficas. Ali, o património cultural popular ─ tradições, hábitos e costumes, transmitidos oralmente de geração em geração ─ ainda isolado nos limites naturais que a orografia insular e outros factores impuseram, mantinha-se de certo modo incólume, todavia, no início da década de 1970, fruto sobretudo do desenvolvimento dos transportes e da influência dos novos meios de comunicação, eram já inequívocos os sinais de que esse notável património se perdia e apagava vertiginosamente de dia para dia.

A RECOLHA ETNOGRÁFICA
António Aragão, mercê das múltiplas prospecções efectuadas ao longo dos anos no espaço rural e em face da vastidão do material etnográfico com que se deparou, cedo se apercebeu da premência de ser levado a efeito um sistemático registo sonoro do património cultural popular antes que a memória desse imenso conjunto de remotas práticas quotidianas se perdesse para sempre. Por sua iniciativa, e com o patrocínio da Junta Geral do Distrito, foi constituída uma reduzida equipa que, além dele próprio, integrava Artur Pestana Andrade, na qualidade de consultor musical, e Luís Alberto Silva, incumbido do registo sonoro, tendo também participado nesta função António Sales Caldeira, Jorge Valdemar Guerra e João Lino de Vasconcelos. Iniciados os trabalhos em Março de 1972 no concelho de Machico, a recolha prosseguiu pouco depois no Porto Santo e estendeu-se, no ano seguinte, ao concelho de Santana, realizando-se igualmente registos pontuais nos concelhos de São Vicente e da Calheta. Além da variedade de tocares e cantares ─ onde se incluem as singulares cantigas de trabalho ─ verificou-se a existência de um amplo manancial de velhas tradições que se achava depositado no âmago da memória popular, tendo sido então recolhida uma vasta gama de romanceiros, devocionários e antigos usos e costumes ─ curas, jogos, contos, superstições, lendas e pertinentes informações sobre a casa, a alimentação, o trabalho agrícola e a indumentária ─ cujas gravações constituem hoje um inestimável repositório da cultura popular insular. Uma parcela dos registos musicais recolhidos no concelho de Machico foi editada num álbum duplo em 1982.

O LEVANTAMENTO DA ARQUITECTURA RURAL INSULAR
O estudo do património edificado na área rural ─ e a sua íntima relação com o meio onde surgiu ─ despertou, desde sempre, o particular interesse de António Aragão. De facto, simultaneamente com o inventário artístico e da arquitectura erudita a que procedeu nos diversos concelhos insulares a partir de 1969, executaram-se também substanciais registos fotográficos das singulares casas madeirenses, de pedra ou de madeira, cobertas de colmo e das típicas construções do Porto Santo com cobertura de salão. Nos fins da década de 1970, e ao longo dos anos seguintes, com a colaboração de Eduardo de Freitas e de Jorge Valdemar Guerra, foi levado a cabo um meticuloso levantamento das variadas tipologias dessa ímpar arquitectura de raiz popular, plena de autenticidade, dos seus materiais e processos de construção e da organização funcional dos espaços envolventes e dos interiores das respectivas habitações, documentado com numerosas imagens fotográficas e variados desenhos, cortes e plantas. Tratou-se de um trabalho de inestimável significado, uma vez que esse notável património desapareceu, quase na sua totalidade, para sempre.

Texto: Jorge Valdemar Guerra;
Edição: Governo Regional da Madeira.

24 março 2025

Colóquio de Literatura Madeirense promove Obra Literária de António Aragão

O primeiro Colóquio de Literatura Madeirense, organizado pela Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura do Governo Regional da Madeira e pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Funchal, irá ter início no dia 31 de Março de 2025 às 9:30 horas no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias, na cidade do Funchal, Região Autónoma da Madeira, e nos dias seguintes no Arquivo e Biblioteca da Madeira, instituição de que António Aragão foi Director. Como uma das maiores referências da Literatura Madeirense e Portuguesa, o nome de António Aragão estará especialmente presente e será homenageado através das conferências do Professor Diogo Marques e da Professora Inês Cardoso, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

08 fevereiro 2025

Câmara Municipal do Funchal homenageia António Aragão através de exposição evocativa da autoria de António Barros

A Câmara Municipal do Funchal inaugura no dia 12 de Fevereiro de 2025 no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias, na cidade do Funchal, a exposição "Facies_5 rostos insulares" de António Barros, que tem como objectivo homenagear cinco dos mais importantes nomes das Artes da Região Autónoma da Madeira, onde se inclui António Aragão. António Aragão foi o principal pioneiro da Poesia Experimental Portuguesa e é o maior nome das Artes e da Cultura da Região Autónoma da Madeira, estando o Governo Regional da Madeira a concluir o tão aguardado Centro Cultural António Aragão, museu que será inaugurado na cidade de São Vicente, ilha da Madeira, onde nasceu António Aragão, durante o presente ano de 2025, após vários atrasos devido a burocracias e obras.

05 agosto 2024

Jornal JM Madeira: Região Autónoma da Madeira já em fase de conclusão para a inauguração do Centro Cultural António Aragão



Decorre a bom ritmo o procedimento relativo à criação do Museu António Aragão, ali em pleno coração da vila de São Vicente, junto à Igreja.

O tributo ao artista, falecido em agosto de 2008, dá-se no município onde nasceu, juntando a oportunidade que a Região teve de adquirir o seu espólio, em tempo oportuno, num processo fechado em 2021, a troco de 166 mil euros, passando a constituir património da Região Autónoma da Madeira. Agora, após algum tempo passado em exposição itinerante, foram já dados passos gigantescos para fixar tão valiosa herança cultural.

“Está pronto o projeto de arquitetura, foi aprovado, e falta as especialidades para colocar a concurso”, conforme confirma ao JM José António Garcês, que não esconde a sua satisfação pelo desenlace que permite reforçar a oferta cultural do seu concelho.

In Jornal JM Madeira, 17 de Julho de 2024.


19 maio 2024

Museu Nacional de Arte Contemporânea inclui Obras de António Aragão na exposição "Cravos e Veludo - Arte e Revolução em Portugal e na Checoslováquia"

O Museu Nacional de Arte Contemporânea – MNAC incluirá na exposição “Cravos e Veludo – Arte e Revolução em Portugal e na Checoslováquia (1868-1974-1989)”, que decorrerá entre 11 de Julho de 2024 e 27 de Outubro de 2024, as seguintes duas Obras de Poesia Experimental da autoria de António Aragão:

- Poema azul e branco / António Aragão, 1970, 

- Poema vermelho e branco / António Aragão, 1971.

Esta exposição incluirá também a Obra "Visopoemas" (1965) em que António Aragão foi co-autor juntamente com Herberto Helder, António Barahona da Fonseca e E. M. de Melo e Castro.

Esta mostra coletiva de Arte Contemporânea decorre da exposição inaugurada em Praga, na República Checa, a 29 de abril de 2019 e resulta de uma parceria entre o Museu Nacional de Arte Contemporânea – MNAC e a Galeria Municipal de Praga – GHMP com a curadoria de Adelaide Ginga e Sandra Baborovska. São apresentados trabalhos de artistas da antiga Checoslováquia nas suas diversas respostas ao regime totalitário, em diálogo com seus contemporâneos portugueses, fazendo uma analogia entre a arte portuguesa e a arte checoslovaca produzidas no período entre 1968 e 1989.

https://gulbenkian.pt/biblioteca-arte/noticias/exposicao-cravos-e-veludo/

12 dezembro 2023

Centro Cultural António Aragão inaugurado pelo Governo Regional da Madeira em 2024

O Centro Cultural António Aragão, instituição pública da Região Autónoma da Madeira que visa homenagear e divulgar nacional e internacionalmente com carácter permanente a Vida e Obra de António Aragão, será inaugurado pelo Governo Regional da Madeira no ano de 2024. Com as vertentes de museu, salas de conferências e espectáculos e residência artística, o Centro Cultural António Aragão integra o Espólio Artístico de António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia adquirido pela Região Autónoma da Madeira ao Jurista Dr. Marcos Aragão Correia, único filho, único herdeiro e único detentor de todos os Direitos de Autor de António Aragão. Este importantíssimo novo Museu Madeirense conseguiu ser realidade apenas após a fulcral intervenção jurídica do Dr. Francisco Teixeira da Mota, na qualidade de Advogado do Dr. Marcos Aragão Correia, o qual conseguiu vencer os bloqueios criminosos impostos pelo corrupto governo socialista da República Portuguesa, governo corrupto que finalmente acabou por cair acusado publicamente de ter perpetrado graves crimes de corrupção.

21 outubro 2023

Obras de António Aragão em exposição na capital do Paraná, Brasil, a partir de 21 de Novembro de 2023, na Caixa Cultural Curitiba

A Espaço Líquido, com o apoio do Governo Federal do Brasil, irá inaugurar no dia 21 de Novembro de 2023 na capital do Paraná a exposição Poesia Experimental Portuguesa que integra diversas Obras da autoria de António Aragão, exposição que decorrerá até ao dia 21 de Janeiro de 2024 na Caixa Cultural Curitiba, e que conta com a curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri. Esta exposição, que já percorreu várias cidades do Brasil, aborda também as diversas relações e influências entre a Poesia Experimental Brasileira e a Poesia Experimental Portuguesa, da qual António Aragão foi o principal pioneiro. A entrada é livre.




08 junho 2023

Livro "António Aragão Os olhos que escutam o Mundo" recebe Prémio Nacional

Livro 'António Aragão, Os Olhos que Escutam o Mundo' com Prémio Nacional

Diário de Notícias Madeira

2 de Junho de 2023


O livro de Banda Desenhada 'António Aragão: Os olhos que escutam o mundo', editado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura em 2022 recebeu o prémio para 'Melhor Obra Nacional com Distribuição Alternativa' na 4.ª edição dos Prémios Bandas Desenhadas 2022.

O anúncio do prémio foi feito esta semana, pela organização, tendo sido destacado que 'António Aragão, Os Olhos que Escutam o Mundo' um livro inspirado na vida e obra de António Aragão, com textos do próprio, com corte, costura e alinhavos de Roberto Macedo Alves, criado em conjunto por este e Alexandra Esteireiro, Francisco Branco, Paola Rivas e Válter de Sousa e editada pela Secretaria de Turismo e Cultura da Região Autónoma da Madeira na primavera de 2022, conquistou o júri”.

Referem ainda que “a obra não só sabe escapar das habituais armadilhas que tornam as biografias em BD muito pouco interessantes, como consegue criar uma obra irreverente, a qual provavelmente agradaria às diferentes facetas de Aragão. Inclusivamente, cada ilustrador foi responsável por uma faceta diferente, o que origina que cada prancha seja criada por diversos ilustradores. Congratulam-se os autores pela criação da obra, bem como a Secretaria de Turismo e Cultura da Região Autónoma da Madeira por editar uma obra deveras interessante”.

Sobre o prémio agora atribuído, os autores da obra referem: “sentimos muita alegria pelo reconhecimento dado ao livro ‘António Aragão Os olhos que escutam o mundo’, uma obra onde tentamos representar através de palavras e imagens a complexidade da vida e obra de António Aragão, considerando a incrível diversidade de interesses que abraçou e todas as áreas onde marcou pela diferença. Assim, tendo em conta todos estes aspetos, construímos um livro que se diferencia das biografias habituais em Banda Desenhada e que tenta utilizar de forma inovadora a linguagem da BD”. Deixam ainda “um agradecimento muito especial à Secretaria Regional de Turismo e Cultura por ter tornado possível a edição desta obra e por ter confiado na abordagem narrativa utilizada para representar a biografia de António Aragão de uma forma menos convencional.”

O secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, sublinha que este prémio significa, sobretudo, o “reconhecimento da qualidade e importância desta obra, única e inovadora no plano nacional”, não só pelo tema abordado, mas pela forma como foi elaborada por cinco jovens talentos da Região na área da BD. “A obra apresenta uma biografia de António Aragão em formato de Banda Desenhada. Mas não se trata de uma biografia no estilo tradicional, pois nas páginas deste livro, cinco criadores madeirenses, com idades compreendidas entre os 16 e os 46 anos aceitaram o desafio de criar em conjunto uma representação visual da natureza multifacetada da personalidade e da obra de António Aragão, figura incontornável da história e cultura madeirense, no âmbito das celebrações do centenário do seu nascimento que foram promovidas por esta Secretaria Regional ao longo de 2021”, recorda.

Congratulando Roberto Macedo Alves, Alexandra Esteireiro, Francisco Branco, Paola Rivas e Válter de Sousa por este prémio, Eduardo Jesus sublinha que esta distinção traz “a oportunidade acrescida de divulgar o talento destes cinco artistas e autores e de dar a conhecer a vida e obra de um dos maiores vultos da cultura regional”. “Espero ainda que o prémio sirva de incentivo para que estes criadores continuem a desenvolver cada vez mais trabalhos e projetos na área da BD que projetem o nome da Região para todo o mundo”, desafia ainda Eduardo Jesus.


in Diário de Notícias Madeira, 2 de Junho de 2023

https://www.dnoticias.pt/2023/6/2/362582-livro-antonio-aragao-os-olhos-que-escutam-o-mundo-com-premio-nacional/

13 maio 2023

Governo da Madeira propõe lançamento de amplo Merchandising sobre António Aragão

O Governo da Região Autónoma da Madeira apresentou a Marcos Aragão Correia, na qualidade que este reveste de único filho, único herdeiro e único detentor dos Direitos de Autor de António Aragão, proposta formal para efeitos de produção e lançamento de amplo e diversificado Merchandising sobre António Aragão com o intuito de promover a Madeira como destino turístico cultural, reconhecendo António Aragão como personalidade maior das Artes e da Cultura da Madeira. O Merchandising inclui t-shirts, postais, canecas, bases magnéticas, marcadores e sacos, reproduzindo diversas Obras da autoria de António Aragão acompanhadas sempre de logotipo com o nome "Aragão" e uma silhueta de António Aragão, bem como da frase promocional "Madeira. Tão tua". O Merchandising será colocado à venda pelo Governo da Madeira nos postos turísticos, museus e comércio em geral, dentro e fora da Madeira, bem como no Centro Cultural António Aragão. O projecto encontra-se em fase final, aguardando a conclusão do acordo sobre a utilização dos Direitos de Autor.

02 maio 2023

Centro Cultural António Aragão será inaugurado no segundo semestre de 2023















Centro Cultural António Aragão
(actualização)

De acordo com a mais recente informação enviada pelo Governo da Região Autónoma da Madeira através da Direção Regional da Cultura, o Centro Cultural António Aragão será inaugurado no segundo semestre de 2023. Neste momento o Gabinete de Arquitectura prepara o projecto de Museologia. O Governo Regional da Madeira sublinha o seu empenho em inaugurar o Centro Cultural António Aragão com as melhores condições que são devidas a António Aragão como personalidade maior das Artes e da Cultura da Madeira.

20 abril 2023

Exercício legal do Direito de Retificação sobre notícia da Lusa disseminada no dia 18 de Abril de 2023 com o título "Casa da Música Jorge Peixinho abre portas no Montijo no dia 25 de Abril"

Para: Lusa – Agência de Notícias de Portugal, SA.

Exmos. Srs. Lusa – Agência de Notícias de Portugal, SA,
Exmo. Sr. Presidente do Conselho de Administração da Lusa – Agência de Notícias de Portugal, SA,

Marcos Teixeira Da Fonte Tavares Gomes Aragão Correia, casado, Jurista, portador do Cartão de Cidadão nº xxxxxxxx emitido pela República Portuguesa, residente em Região Autónoma da Madeira, na qualidade de único filho e de único herdeiro de António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia, personalidade maior das Artes e da Cultura Portuguesa mais conhecida apenas por António Aragão, vem por este meio exercer o seu Direito de Retificação relativamente à notícia da vossa autoria disseminada por todos os órgãos de comunicação social portugueses e internacionais no dia 18 de Abril de 2023 com o título "Casa da Música Jorge Peixinho abre portas no Montijo no dia 25 de Abril" ( https://www.lusa.pt/article/2023-04-18/40638228/casa-da-m%C3%BAsica-jorge-peixinho-abre-portas-no-montijo-no-dia-25-de-abril ), pela mesma conter grave incorreção, exercendo o presente Direito de Retificação nos termos dos artigos 24º e seguintes da Lei de Imprensa em vigor (Lei nº 2/99, de 13 de Janeiro), fazendo-os nos seguintes termos:

A Lusa – Agência de Notícias de Portugal, SA, entidade controlada maioritariamente pelo Governo da República Portuguesa, publicou e disseminou por todos os órgãos de comunicação social no dia 18 de Abril de 2023 notícia com o título "Casa da Música Jorge Peixinho abre portas no Montijo no dia 25 de Abril", artigo que versa sobre a inauguração de uma instituição dedicada à memória do grande compositor e músico contemporâneo português, Jorge Peixinho.

Na parte final desse artigo é afirmado que Jorge Peixinho foi "responsável pela publicação do primeiro caderno de poesia experimental, fruto da sua associação com figuras da cultura desta época, que incluem Herberto Helder, Ana Hatherly, António Ramos Rosa, António Aragão, Arnaldo Saraiva e E.M. de Melo e Castro".

Contudo é falso que Jorge Peixinho tenha sido responsável pela publicação do primeiro caderno de poesia experimental. Os dois Cadernos de Poesia Experimental, obras-primas que marcaram o início do movimento da Poesia Experimental Portuguesa, foram ambos editados e coordenados por António Aragão a partir da ilha da Madeira, tendo o primeiro, publicado em 1964, contado também com a organização de Herberto Helder, e o segundo número, publicado em 1966, foi organizado por António Aragão, Herberto Helder e E. M. de Melo e Castro.

A participação preciosa de Jorge Peixinho deu-se apenas no segundo número dos cadernos de Poesia Experimental Portuguesa, e a convite de António Aragão, de quem Jorge Peixinho era amigo próximo, sendo que em nenhuma altura Jorge Peixinho foi responsável pela publicação dos cadernos de Poesia Experimental.

A veracidade das informações descritas nos números supra podem ser confirmadas em numerosas fontes disponíveis na Internet, das quais destacamos o website oficial de António Aragão, https://www.aragao.org/ , o maior website sobre a Poesia Experimental Portuguesa, https://po-ex.net/ , e o website oficial do Governo Regional da Madeira, https://www.madeira.gov.pt/pesquisar?LiveSearch=Aragao .

Lisboa, 20 de Abril de 2023,
Marcos Teixeira Da Fonte Tavares Gomes Aragão Correia.

13 abril 2023

Fundação de Serralves disponibiliza prato "A Palavra Lava" em homenagem a António Aragão

 

A Fundação de Serralves já disponibilizou na sua loja o prato "A Palavra Lava" lançado em homenagem a António Aragão pelo artista António Barros. "Vulcão olhando o prato" é o primeiro de um conjunto de 9 poemas visuais, com texto "A Palavra Lava" de António Barros, e faz parte integrante de "Vulcânico Lavrador", uma edição especial que foi lançada no âmbito da comemoração nacional do Centenário do Nascimento de António Aragão. A Fundação de Serralves tem divulgado ao longo dos anos a Vida e a Obra de António Aragão através de diversas iniciativas, nomeadamente exposições itinerantes, conferências e lançamentos de livros. Esta é pois apenas a mais recente iniciativa da Fundação de Serralves em homenagem a António Aragão, autor representado na colecção de Arte desta fundação.

https://loja.serralves.pt/pt/catalogo/casa/68985-prato-a-palavra-lava-antonio-barros.html

18 janeiro 2023

Centro Cultural António Aragão será inaugurado no centro da cidade de São Vicente, Região Autónoma da Madeira


Centro Cultural António Aragão

De acordo com nova informação divulgada pelo Governo da Região Autónoma da Madeira, o Centro Cultural António Aragão, instituição pública que será encarregue de estudar e divulgar a Vida e Obra de António Aragão e que incluirá as vertentes de museu, centro de exposições e de conferências e residência artística, será inaugurado dentro de 3 meses no centro da cidade de São Vicente, na Madeira. De acordo com a Directora Regional da Cultura, Teresa Brazão, a escolha do novo local para a sede do Centro Cultural António Aragão prende-se com a necessidade de garantir para a instituição melhores e mais amplas instalações ao mesmo tempo que uma maior centralidade na cidade onde António Aragão nasceu. O Governo da Região Autónoma da Madeira honra assim os seus compromissos face ao Espólio Artístico de António Aragão que comprou a Marcos Aragão Correia, único filho e herdeiro de António Aragão. Esta notícia foi também avançada na edição impressa de 18 de Janeiro de 2023 do Diário de Notícias da Madeira.

06 janeiro 2023

Rua Doutor António Aragão invadida por gatos


A rua que foi atribuída pela Câmara Municipal do Funchal em homenagem a António Aragão, figura maior das Artes e da Cultura da Madeira e de Portugal, encontra-se em situação de insalubridade devido a estar a ser persistentemente invadida por uma praga de gatos, o que tem motivado sistemáticas reclamações por parte dos moradores fundadas não apenas pela enorme sujidade causada no património como também no perigo para a saúde pública, de acordo com notícia publicada recentemente pelo Diário de Notícias da Madeira. A Rua Doutor António Aragão, localizada na cidade do Funchal e à qual foi atribuído o código postal 9020-215, foi escolhida pela Câmara Municipal do Funchal como homenagem a António Aragão por se encontrar próxima das novas instalações do Arquivo Regional da Madeira, instituição da qual António Aragão foi Director durante várias décadas tendo desempenhado papel fundamental no estudo, divulgação e conservação dos importantes documentos históricos aí depositados.

12 dezembro 2022

Diário de Notícias Madeira (12 Dezembro 2022): "Revista 'Translocal' dedicada a António Aragão"


Revista 'Translocal' dedicada a António Aragão

O último número da revista 'Translocal: Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas' é dedicado a António Aragão. A publicação foi apresentada no sábado, no Teatro Municipal Baltazar Dias. No ano em que António Aragão completaria 100 anos, a revista edita o seu número anual impresso com o tema de capa António Aragão, antena recetiva (1921-2008), em colaboração direta com o grupo dinamizador das iniciativas intituladas Multiplicidade da experiência, com o propósito de evocar o centenário do autor madeirense.
Esta revista teve como coordenadora residente Ana Salgueiro e coordenadores convidados Rui Torres e Bruno Ministro. Participaram neste número César Figueiredo, António Barros, Rita Rodrigues, Diogo Marques, Ana Gago, Aurora Leão, Sandra Guerreiro Dias, Ana Cristina Joaquim, Wagner Moreira, Pablo Gobira, Rogério Barbosa da Silva, Helena Rebelo, Isabel Santa Clara, Emanuel Gaspar, Raquel Gonçalves, Eduardo Freitas, Edgar Pêra, António Rodrigues, Patrícia Lino e João Santa Cruz. 
António Aragão assume destaque quer no sistema cultural madeirense, quer no sistema cultural português, através de um percurso intelectual e artístico que sempre procurou fazer pontes com outros sistemas culturais (Itália, Brasil, Espanha, E.U.A., Japão) e de uma obra plural que passou pela arqueologia, arquivo, artes visuais, etnografia, história e literatura, fortemente marca pelas dinâmicas de transgressão, da busca de encontros culturais, estéticos e discursivos improváveis, da experimentação de métodos, técnicas e materialidades discursivas inusitados, da transferência e da recontextualização criativa.
Esta edição da 'Translocal', pretende responder a algumas questões sobre a obra de António Aragão: qual a importância e a atualidade dos seus estudos? Qual a relevância dos seus textos para compreender a multiplicidade da literatura e da sua relação com as outras artes? Qual o lugar do autor no contexto do experimentalismo literário? Que nos ensina o seu espirito critico sobre a importância de desviar das normas? 
A 'Translocal. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas' resulta de uma parceria entre o Centro de Investigação em Estudos Regionais e Locais da Universidade da Madeira, a Câmara Municipal do Funchal e a Imprensa Académica.

in Diário de Notícias Madeira, 12 de Dezembro de 2022.