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23 junho 2019

Fundação de Serralves acolhe lançamento das duas novas edições de António Aragão

A Fundação de Serralves irá acolher o lançamento das duas novas edições de António Aragão, a saber, o livro "Electrografias" com chancela da Editora Busílis e o livro "Os bancos antes da nacionalização" com chancela da Editora Tigre de Papel. O lançamento, que será conjunto para estas duas obras literárias, ocorrerá na livraria da Fundação de Serralves no dia 5 de Julho de 2019 às 18h30, com entrada livre. A coordenação, introdução e moderação da sessão estará a cargo do Prof. Dr. Rui Torres (Universidade Fernando Pessoa), a apresentação do livro "Electrografias" será da responsabilidade do Dr. Bruno Ministro (Universidade de Coimbra), a do livro "Os bancos antes da nacionalização" será da responsabilidade da Dra. Inês Cardoso (Universidade do Porto), e o Dr. Fernando Aguiar irá falar sobre a vida de António Aragão e o seu papel pioneiro na Poesia Experimental Portuguesa.
Fundação de Serralves
Rua D. João de Castro, 210
4150-417 Porto.

07 outubro 2016

Diário de Notícias Madeira: In Memoriam António Aragão mais abrangente

Diário de Notícias Madeira
 Sexta-feira, 7 de Outubro de 2016
 Jornalista Paula Henriques, Foto Rui Silva

 In Memoriam António Aragão mais abrangente
O concurso vai ter um prémio para não residentes. O júri será presidido por Rui Torres.
O concurso visa promover o poeta e a poesia experimental.

 

O Concurso Literário de Poesia Experimental In Memoriam António Aragão vai chegar também a autores nacionais e internacionais com a criação de um segundo prémio no âmbito deste projecto de Marcos Aragão Correia para apoiar e promover, nacional e internacionalmente, poetas talentosos nesta área literária, enquanto perpetua a memória do pai, António Aragão, como um dos principais fundadores da Poesia Experimental Portuguesa. Inicialmente anunciado apenas para madeirenses residentes na Região, o concurso foi entretanto revisto e contempla agora um prémio para não residentes. O júri será presidido por Rui Torres.
A nomeação dos membros do júri é outra das novidades do projecto, cuja primeira edição será dedicada a Poesia Experimental e está a ser preparada para ser lançada em 2017, contemplando o Prémio Poesia Experimental Madeira e o Prémio Poesia Experimental Internacional. A par do presidente do júri, Rui Torres, foram convidados para compor o painel decisor Fernando Aguiar, Joana Matos Frias, Manuel José Portela e Sandra Guerreiro Dias.
A organização acredita que com o alargamento do concurso irão concorrer “pessoas de todas as partes do globo, dado que o Concurso terá ampla divulgação internacional, desde logo pelo peso internacional dos membros do júri e dos seus amplos contactos em outros países”. Como ambos os prémios estarão associados no mesmo Concurso, acrescenta Marcos Aragão Correia, “o nome da Madeira será divulgado, a nível Cultural, por todos os círculos internacionais. Esta foi uma importante decisão de modo a dar ainda mais a conhecer e apoiar a Cultura na Madeira e os seus talentos.”
O regulamento do concurso ainda não está fechado. A versão preliminar situa a fase de candidaturas entre os dias 9 de Janeiro de 2017 e 30 de Junho do próximo ano. Cada concorrente pode apresentar uma obra inédita de Poesia Experimental da sua autoria, contendo um mínimo de 30 e um máximo de 100 poemas experimentais.
As obras deverão ser enviadas para os endereços de email rtorres@ufp.edu.pt e info@aragao.org, acompanhadas de identificação, digitalização de documento de identificação e comprovativo de residência.
O júri terá 90 dias para analisar os trabalhos. A votação não é secreta e o reconhecimento público poderá ser estendido ainda com a atribuição de cinco menções honrosas para cada prémio.
O valor pecuniário do prémio não foi tornado público. Será complementado com diligências para a primeira edição das obras premiadas.

in Diário de Notícias Madeira, 7 de Outubro de 2016

04 outubro 2016

Dr. Fernando Aguiar confirmado como Membro do Júri da In Memoriam António Aragão

O convite endereçado pela Família de António Aragão ao Dr. Fernando Aguiar para integrar o Júri dos Concursos de 2017 do Projecto Cultural "In Memoriam António Aragão" foi aceite. Confirma-se assim a presença de mais uma destacadíssima personalidade da Cultura no Júri do Projecto, sendo que em breve serão conhecidos os três nomes que o completam, os quais serão indicados pelo Prof. Dr. Rui Torres.

                                     FERNANDO AGUIAR

Nasceu em Lisboa, em 1956.

Licenciado em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.

Publicou 16 livros de poesia, 1 livro de contos, 2 livros de performance, 3 livros infantis, 4 antologias de poesia experimental portuguesa e 2 antologias de poesia visual internacional em Portugal, Alemanha, Brasil, Itália, Espanha, Canadá, Irlanda, U.S.A. e em Inglaterra.

Foi incluído em 85 antologias de literatura contemporânea em Portugal, França, Itália, México, Canadá, Inglaterra, Jugoslávia, U.S.A., Alemanha, Suiça, Brasil, Espanha, Rússia, Hungria, Cuba, Moçambique e no Japão. Colaborou em mais de 750 jornais e revistas de arte e literatura de 38 países. Trabalhos seus foram publicados nas capas de 43 dessas revistas e na contracapa de outras 16, assim como em 13 capas de livros e catálogos e em 5 cartazes de exposições internacionais.

Realizou 46 exposições individuais em Portugal (Lisboa, Torres Vedras, Setúbal, Amadora, Vila Franca de Xira, Porto, Sintra, Abrantes, Caldas da Rainha, Palmela, Coimbra e em Idanha-a- Nova), Hungria (Budapeste), México (Cidade do México), Polónia (Wroclaw, Lublin e Chelm), Itália (Milão, Spoleto e Scandiano), Espanha (Malpartida de Cáceres e Madrid), Bélgica (Hasselt), Emiratos Árabes Unidos (Sharjah), Cuba (Havana) e no Brasil (Bento Gonçalves).

Participou em cerca de 640 exposições colectivas de poesia visual, pintura, serigrafia, fotografia, e em Festivais de video, instalação e performance-arte em 30 países europeus, e no Brasil, U.S.A., Canadá, México, Panamá, Japão, Austrália, República Dominicana, Argentina, Colômbia, Emiratos Árabes Unidos, Cuba, Macau, Coreia do Sul, Hong-Kong, Venezuela, Egipto, Quénia e na China.

Desde 1983 apresentou mais de 230 intervenções e performances poéticas em 120 Festivais Internacionais e em Museus e Galerias em Portugal, Espanha, França, Hungria, Itália, Canadá, Polónia, México, República Checa, Brasil, Japão, República Eslovaca, U.S.A., Alemanha, Holanda, Colômbia, Macau, Islândia, Hong Kong, Cuba, Turquia, Coreia do Sul, Argentina, Suiça e na China, nomeadamente no Centre Georges Pompidou (Paris), Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Casa de Serralves (Porto), Tokyo Metropolitan Art Space (Tóquio), Villa delle Rose/Galleria D’Arte Moderna (Bolonha), Mexic-Arte Museum (Austin, Texas), Minami W. Community Cultural Center (Hiroshima), Musée D’Art Contemporain (Marselha), Centro Cultural Santa Teresa (Cidade do México), Metrónom (Barcelona), Cultural Centre of Almássy Tér (Budapeste), Museo Vostell Malpartida (Malpartida de Cáceres), Círculo de Bellas Artes (Madrid), Museu Nacional do Traje (Lisboa), IVAM – Institut Valencià d’Art Modern (Valencia), Beijing Tokyo Art Projects (Pequim), Hong Kong Arts Centre (Hong Kong), Reykjavík Art Museum (Reykjavík), Museu Condes Castro Guimarães (Cascais), Centre Culturel Calouste Gulbenkian (Paris), National Gallery (Praga), Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão (V.N. de Famalicão), Chapelle de la Vieille Charité (Marselha), Centro Cultural “La Alhóndiga” (Zamora), Panteão Nacional (Lisboa), Matadero Madrid (Madrid), Centro Cultural da U.F.M.G. (Belo Horizonte) e também na Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, na secção “Extra 50” da 50ª Bienal de Veneza e na 8ª Bienal de Havana.

Organizou colectâneas de Poesia Visual Portuguesa para as seguintes revistas e jornais culturais: “JORNAL DE LETRAS, ARTES E IDEIAS” Nº 145 (Lisboa); “POSTEXTUAL” Nº 1, Cidade do México (México); “DOC(K)S” Nº 80/86, Ventabren (França); “Score” nº 10, Oakland (U.S.A .); “ENCONTRO – Suplemento do Comércio de Porto” Nº 101, Nº 108, Nº115, Nº 122, Nº 143 e Nº 150, (Porto); “DIMENSÃO – Revista Internacional de Poesia” Nº 22, Uberaba (Brasil); “VISIBLE LANGUAGE” Vol. 27/Nº 4, Providence (U.S.A .) e “PHAYUM” Nº 10, Bernicarló (Espanha).

Organizou diversas exposições de Poesia Visual Portuguesa e Internacional em Galerias e Museus em Lisboa, Torres Vedras, Évora, Coimbra, Amadora, Setúbal, Porto, Torre de Moncorvo e em Vila Nova de Foz Côa. Co-organizou a exposição “CONCRETA. EXPERIMENTAL. VISUAL – Poesia Portuguesa 1959-1989 na Universidade de Bolonha (Itália), nas Universidades de Lyon e de Poitiers, e no Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris (França).

Apresentou palestras e participou em mesas-redondas na Hungria, Polónia, Japão, França e nos Emiratos Árabes Unidos, assim como na Università di Bologna (Bolonha), Faculdad de Ciencias Politicas e Sociales (Cidade do México), Filosofická Fakulta University Karlovy (Praga), Universidad Internacional de Andalucia (Huelva), Humboldt Universität (Berlim), Universidade de Sevilla (Sevilha), na Faculdade 7 de Setembro e na Universidade de Fortaleza – UNIFOR (Fortaleza), Universidade Nova (Lisboa), U.F.M.G. (Belo Horizonte) e no Centre de Cultura Contemporània de Barcelona (Barcelona).

Organizou colectâneas de Poesia Visual Portuguesa para as seguintes revistas e jornais culturais: “JORNAL DE LETRAS, ARTES E IDEIAS” Nº 145 (Lisboa); “POSTEXTUAL” Nº 1, Cidade do México (México); “DOC(K)S” Nº 80/86, Ventabren (França); “Score” nº 10, Oakland (U.S.A .); “ENCONTRO – Suplemento do Comércio de Porto” Nº 101, Nº 108, Nº115, Nº 122, Nº 143 e Nº 150, (Porto); “DIMENSÃO – Revista Internacional de Poesia” Nº 22, Uberaba (Brasil); “VISIBLE LANGUAGE” Vol. 27/Nº 4, Providence (U.S.A .) e “PHAYUM” Nº 10, Bernicarló (Espanha).

Organizou diversas exposições de Poesia Visual Portuguesa e Internacional em Galerias e Museus em Lisboa, Torres Vedras, Évora, Coimbra, Amadora, Setúbal, Porto, Torre de Moncorvo e em Vila Nova de Foz Côa.

Co-organizou a exposição “CONCRETA. EXPERIMENTAL. VISUAL – Poesia Portuguesa 1959-1989 na Universidade de Bolonha (Itália), nas Universidades de Lyon e de Poitiers, e no Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris (França).

Organizou o 1º FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESIA VIVA no Museu Municipal Dr. Santos Rocha, na Figueira da Foz.

Co-organizou PERFORM’ARTE - I ENCONTRO NACIONAL DE PERFORMANCE em Torres Vedras, e organizou o II ENCONTRO NACIONAL DE INTERVENÇÃO E PERFORMANCE, na Amadora.

Organizou a representação portuguesa na I e III BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA VISUAL Y EXPERIMENTAL na Cidade do México.

Entre 1992 e 1998 organizou as “ACÇÕES URBANAS” e as “ACÇÕES & PERFORMANCES” integradas na Semana da Juventude, em Lisboa.

Entre 1996 e 1998 organizou a Secção Europeia da I, II e III MOSTRA EURO-AMERICANA DE POESIA VISUAL realizadas em Bento Gonçalves, Brasil, no âmbito dos Congressos Brasileiros de Poesia.

Em 2008 organizou o CICLO INTERNACIONAL DE PERFORMANCE do 2º ENCONTRO DE ARTE GLOBAL, no Panteão Nacional, em Lisboa.

Foi Júri em diversos prémios literários e de artes plásticas, homenageado em Festivais, membro do comité internacional do Festival de Poèsie – Voix de la Méditerranée (França, 2011-2013) e membro do comité de redação das revistas “DOC(K)S (França), “Rampike” (Canadá) e “Inter – Art Actuel” (Canadá).

Em 1996 recebeu o prémio “LACONICUS” por mérito cultural, durante o IV CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA.

Em 2010 apresentou pela primeira vez obras do seu Arquivo de Poesia Experimental, em Abrantes. O Arquivo Fernando Aguiar contém cerca de 2.800 obras originais de Poesia Visual, Mail-Art, Fluxus e Arte Conceptual.

É autor do “Soneto Ecológico”, uma obra de poesia ambiental constituída por 70 árvores plantadas em 14 filas de 5 árvores (4+4+3+3), numa área aproximada de 110x36 metros, no Parque do Soneto, em Matosinhos, Portugal, 2005.

26 fevereiro 2012

Entrevista a Fernando Aguiar sobre a Poesia Experimental Portuguesa



Entrevista a Fernando Aguiar, produzida pela Galeria dos Prazeres e realizada por Luís Tranquada, sobre a Poesia Experimental Portuguesa. Fernando Aguiar é, na actualidade, um dos artistas mais activos da Poesia Experimental Portuguesa, com amplo reconhecimento internacional. O papel Histórico de António Aragão é destacado várias vezes ao longo da mesma entrevista.

10 abril 2010

António Aragão pelo olhar do Prof. Fernando Aguiar


"A outra nau catrineta"
António Aragão
Técnica mista 100cmx70cm 1992




«Falecido no dia 11 de Agosto [2008] no Funchal, António Aragão foi um dos precursores da Poesia Experimental em Portugal no início dos anos 60, e da electrografia durante os anos 80, seguido por um grupo de artistas como António Nelos, António Dantas e César Figueiredo, entre outros, que realizaram um importante trabalho nessa área, tendo sido o seu principal teorizador.

Como poeta experimental António Aragão teve uma importância fundamental na criação deste movimento, juntamente com Ana Hatherly, E.M. de Melo e Castro, Salette Tavares, e José-Alberto Marques, estando na origem das revistas “Poesia Experimental 1 e 2” (1964 e 1966), “Operação” (1967), Suplemento do “Jornal do Fundão” (1965) e da “Hidra 2” (1969).

Foi igualmente um dos autores do primeiro happening realizado em Portugal, “Concerto e Audição Pictórica”, juntamente com E. M. de Melo e Castro, Jorge Peixinho, Salette Tavares, Manuel Baptista, Clotilde Rosa e Mário Falcão, em 1965.

Como escritor, António Aragão publicou “Um Buraco na Boca” (1971), o primeiro romance experimental editado em Portugal, e alguns livros de poesia como “Folhema 1” e “Folhema 2”, ambos de 1966, “Os Bancos” (1975) e “Metanemas” (1981).

Em 1968 publicou “mais exacta mente p(r)o(bl)emas”, que foi o livro que fez despertar o interesse pela poesia experimental, e é um dos livros fundamentais na minha formação como poeta visual conforme referi várias vezes, incluindo num Congresso na Cidade do México em que ambos participámos. Transcrevo o final do prefácio do meu livro “Os olhos que o nosso olhar não vê” : “Para o António Aragão uma saudação muito especial porque, com o livro “MAIS EXACTA MENTE P(R)O(BL)EMAS”, comprado num alfarrabista aos 16 anos (juntamente com “POEMAS POSSÍVEIS” de um poeta então desconhecido e hoje Nobel da literatura) me levou irremediavelmente para esta forma de expressão poética.”
A obra do António Aragão ainda não foi estudada convenientemente para que lhe seja dado o destaque que merece na poesia contemporânea em Portugal.

Sempre tive uma enorme admiração e amizade pelo Aragão que participou em mais de três dezenas de actividades organizadas por mim entre Exposições, Festivais, Antologias poéticas e colectâneas de poesia experimental portuguesa publicadas em várias revistas internacionais, e prefiro deixar aqui algumas imagens inéditas deste importante criador e amigo.» [ver Links Recomendados: Fernando Aguiar - O contrário do tempo]
Fernando Aguiar, Professor e Artista.