Mostrar mensagens com a etiqueta Região Autónoma da Madeira. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Região Autónoma da Madeira. Mostrar todas as mensagens

25 março 2025

António Aragão: resumo da sua intervenção no estudo e na defesa do património cultural da Região Autónoma da Madeira

Resumo da intervenção de António Aragão no estudo e na defesa do património cultural da Região Autónoma da Madeira

António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia nasceu em São Vicente (Madeira, Portugal) em Setembro de 1921. Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ingressou como Conservador no então Arquivo Distrital do Funchal em Dezembro de 1953. Por portaria da Junta Nacional da Educação foi nomeado Delegado dos Museus e Monumentos Nacionais na Madeira em Janeiro de 1954. Dois anos depois, integrou a Comissão Directiva do recém-criado Museu da Quinta das Cruzes designada pela Junta Geral do Distrito em 1956. Deveu-se a António Aragão, entre outras intervenções, a iniciativa da instalação de um Jardim Arqueológico no belíssimo parque que circunda a vetusta Casa das Cruzes. Absorvido na investigação histórica e na defesa do Património Cultural, solicita, não obstante, uma licença ilimitada em Janeiro de 1961 e abandona as funções que vinha exercendo no Arquivo. No mesmo ano, consumadas as escavações arqueológicas a que procedeu no local onde se erguia o Convento de Nossa Senhora da Piedade de Santa Cruz, partiu para a Europa e, na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou Etnografia na Universidade de Paris, com estágio no Museu do Homem. Ainda em Paris, especializou-se em Museologia sob a orientação de Henri Rivière, mais tarde director do Conselho Internacional de Museus da UNESCO. Seguiu posteriormente para Roma onde fez a aprendizagem de restauro de Arte no Instituto Central de Restauro, estagiando depois no laboratório de restauro do Vaticano. Já se achava na Madeira em 1964, mas somente em 1969 logrou regressar como Conservador ao Arquivo Distrital, assumindo em 1972 o cargo de Director até à sua aposentação em Dezembro de 1986. Publicou diversas obras no âmbito das suas investigações sobre a História insular. Faleceu no Funchal em Agosto de 2008. [Em 1972, António Aragão criou a Série Documental do boletim Arquivo Histórico da Madeira, tendo então sido transcrita a preciosa documentação inserta no Tombo 1.º do Registo Geral da Câmara do Funchal que remonta ao séc. XV.].

AS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS NAS RUÍNAS DO CONVENTO DE NOSSA SENHOR DA PIEDADE DE SANTA CRUZ EM 1961
Tratou-se da primeira intervenção arqueológica realizada na Madeira e deveu-se à iniciativa pioneira de António Aragão. Tudo começou em 1957, quando a construção de um aeroporto na freguesia de Santa Cruz era já uma certeza. António Aragão levou então a cabo uma prospecção no local onde apurara, fruto das suas aturadas investigações, ter sido erguido o Convento de Nossa Senhora da Piedade, uma vez que, de acordo com o projecto, seria abrangido pela almejada obra aeroportuária. Nessa primeira sondagem, colheu vestígios inequívocos de que as ruínas do desaparecido mosteiro franciscano, mandado erguer em 1518 pelo genovês Urbano Lomelino, jaziam de facto soterradas naquele preciso local. Tratando-se, porém, de uma propriedade privada e profusamente cultivada não foi possível, no momento, prosseguir as pesquisas. O relatório então efectuado por António Aragão, no âmbito das suas funções de delegado dos Museus e Monumentos Nacionais na Madeira, no qual propunha uma urgente intervenção arqueológica no local, mereceu parecer favorável da Junta Nacional da Educação, homologado por despacho ministerial em fins de 1958. Por essa razão, o plano de actividades da Junta Geral do Distrito para o ano de 1959, já previa no seu articulado fornecer a António Aragão a logística indispensável para proceder às escavações, ficando o respectivo espólio depositado no Museu da Quinta das Cruzes. No entanto, só após a expropriação daqueles terrenos para a projectada construção do Aeroporto de Santa Catarina, naturalmente morosa e burocrática, foi possível iniciar, em Março de 1961, os trabalhos de escavação que permitiram pôr a descoberto os alicerces do complexo conventual e elaborar uma minuciosa planta. O múltiplo espólio exumado por António Aragão, quer os diversos elementos arquitectónicos ­— tais como as cantarias lavradas da porta lateral da igreja ou do seu arco triunfal ­— quer os materiais azulejares e cerâmicos, ficou, com efeito, arrecadado no referido museu. Curiosamente, as vetustas «Casas das Cruzes», como outrora era designado aquele edifício, haviam sido, desde 1678, residência senhorial dos padroeiros do Convento de Nossa Senhora da Piedade. O mencionado espólio arquitectónico foi transferido para a Casa da Cultura de Santa Cruz em 1996.

O «ESTUDO DE PROSPECÇÃO E DEFESA DA PAISAGEM URBANA DO FUNCHAL» DE 1966
Em Outubro de 1964, António Aragão, na qualidade de Delegado dos Monumentos Nacionais na Madeira, enviou à Câmara do Funchal um breve relatório, ilustrado com fotografias captadas por Manuel Perestrelo, propondo uma base generalizada de classificação e urgente conservação dos elementos mais relevantes erguidos na cidade. Realmente, nessa época, estavam em curso, com o beneplácito da edilidade, lamentáveis delapidações no vetusto tecido urbano do Funchal, como por exemplo na Rua da Carreira ou na Rua das Pretas, onde interessantes edifícios dos séculos XVII e XVIII davam lugar a construções profundamente dissonantes e, além disso, implantadas num alinhamento recuado, originando insólitos recantos no secular traçado das velhas artérias. A proposta mereceu apenas um lacónico parecer: «Para estudos». No ano seguinte, a Câmara, agora com nova presidência, debateu com o Ministro das Obras Públicas a premência de serem tomadas medidas concretas tendo em vista a manutenção do carácter e fisionomia do Funchal antigo. Nesse sentido, em Dezembro de 1965, António Aragão foi convidado a elaborar um cadastro dos imóveis erguidos na cidade, cuja conservação se justificasse, a fim de servir de base aos trabalhos do Gabinete de Urbanização que entraria em funções no início de 1966. O arquitecto Rafael Botelho aceitaria, por seu turno, o convite para dirigir a equipa que daria corpo ao novo Plano Director da Cidade, aprovado em 1972. O Estudo de António Aragão, ilustrado uma vez mais com preciosas fotografias executadas por Manuel Perestrelo, onde se propunha uma classificação para cada um dos edifícios inventariados e as providências adequadas para a sua preservação, ficou concluído em Abril de 1967. O Funchal deve, portanto, em grande medida, ao minucioso levantamento de António Aragão — que em Maio de 1970 integrou a então criada Comissão Municipal de Arte e Arqueologia — a salvaguarda do seu património arquitectónico. Em 2013, o Arquivo Histórico da Madeira publicou as 443 imagens captadas para aquele trabalho, tendo sido elaboradas para o efeito as respectivas descrições catalográficas.

O INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARTÍSTICO E ARQUITECTÓNICO DOS CONCELHOS INSULARES
António Aragão, que no exercício das suas funções de Delegado na Madeira da Junta Nacional da Educação vinha recolhendo, desde a década de 1950, imagens das construções mais relevantes levantadas no espaço insular — como por exemplo do Convento de Santa Clara — ou efectuando registos pontuais de uma antiga igreja ou de uma velha capela, sempre pugnou pela realização sistemática de um inventário do património artístico, que constituía aliás uma das atribuições da Junta Geral do Distrito no sector cultural. Em 1968, o presidente da comissão directiva do Museu da Quinta das Cruzes propôs àquele corpo administrativo que António Aragão, membro da referida comissão, ficasse incumbido dessa complexa tarefa que urgia, quanto antes, pôr em prática, merecendo a sugestão despacho favorável. Numa primeira fase, seria levada a cabo a inventariação do património artístico e edificado de seis concelhos — Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Calheta, Santana, Machico e Santa Cruz — tendo Manuel Rosado, proprietário da Foto Liz, então contratado para o efeito, iniciado o respectivo levantamento fotográfico em 1969. A captação de imagens das seculares igrejas, das numerosas capelas existentes na Madeira, dos seus notáveis recheios — pinturas, peças de ourivesaria, esculturas, retábulos de talha dourada, tectos e azulejaria — e das diversificadas construções erguidas nesses espaços rurais, muitas das quais hoje desaparecidas, prosseguiu depois, ao longo dos anos seguintes, nos restantes concelhos insulares.

A CRIAÇÃO DA «COLECÇÃO FOTOGRÁFICA» DO ARQUIVO
No âmbito das suas funções e investigações históricas, António Aragão foi adquirindo paulatinamente nas casas fotográficas Vicentes e Perestrelos, na época meras firmas comerciais, antigas imagens, tanto do Funchal como das áreas rurais, não apenas dos seus vultos arquitectónicos erguidos nesses espaços e das remotas paisagens urbanas ou agrárias, mas igualmente de velhos usos e costumes do passado que esses fotógrafos lograram registar. O vasto material acumulado, resultante dos múltiplos trabalhos efectuados ao longo dos anos, permitiu a António Aragão ─ que menosprezava determinados conceitos arquivísticos anacrónicos que, ao contrário de agora, consideravam a fotografia um «documento menor» ─ criar no Arquivo um núcleo visual que sempre ambicionara e reputava de fundamental importância futura para as diversificadas áreas de trabalho abordadas pelos investigadores. Uma parcela relevante desse precioso acervo ─ sob o título Imagens Antigas do Funchal Urbano ─ foi dada à estampa, com exaustiva descrição catalográfica, no Arquivo Histórico da Madeira em 2017. A «Colecção Fotográfica» do Arquivo, como é hoje designada, encerra também inestimáveis reproduções de antigos registos iconográficos como, por exemplo, a de uma notável aguarela ─ a única imagem que se conhece ─ do pelourinho do Funchal, apeado em 1835.

OS LEVANTAMENTOS ETNOGRÁFICOS
Ao longo das suas prospecções, António Aragão não se ocupou apenas da efectuação dos inventários dos preciosos recheios e ornamentos do espaço sagrado das igrejas e capelas ou do estudo do notável património construído, tanto na cidade como no campo. Realmente, ao mesmo passo que uma interessante ermida era fotografada, um velho moinho que se levantava nas proximidades, um árduo trabalho agrícola ou um singelo apontamento do quotidiano rural não escapavam à sua esclarecida observação e ficavam de igual modo registados. E foi precisamente no espaço rural que António Aragão se debruçou nas suas variadas abordagens etnográficas. Ali, o património cultural popular ─ tradições, hábitos e costumes, transmitidos oralmente de geração em geração ─ ainda isolado nos limites naturais que a orografia insular e outros factores impuseram, mantinha-se de certo modo incólume, todavia, no início da década de 1970, fruto sobretudo do desenvolvimento dos transportes e da influência dos novos meios de comunicação, eram já inequívocos os sinais de que esse notável património se perdia e apagava vertiginosamente de dia para dia.

A RECOLHA ETNOGRÁFICA
António Aragão, mercê das múltiplas prospecções efectuadas ao longo dos anos no espaço rural e em face da vastidão do material etnográfico com que se deparou, cedo se apercebeu da premência de ser levado a efeito um sistemático registo sonoro do património cultural popular antes que a memória desse imenso conjunto de remotas práticas quotidianas se perdesse para sempre. Por sua iniciativa, e com o patrocínio da Junta Geral do Distrito, foi constituída uma reduzida equipa que, além dele próprio, integrava Artur Pestana Andrade, na qualidade de consultor musical, e Luís Alberto Silva, incumbido do registo sonoro, tendo também participado nesta função António Sales Caldeira, Jorge Valdemar Guerra e João Lino de Vasconcelos. Iniciados os trabalhos em Março de 1972 no concelho de Machico, a recolha prosseguiu pouco depois no Porto Santo e estendeu-se, no ano seguinte, ao concelho de Santana, realizando-se igualmente registos pontuais nos concelhos de São Vicente e da Calheta. Além da variedade de tocares e cantares ─ onde se incluem as singulares cantigas de trabalho ─ verificou-se a existência de um amplo manancial de velhas tradições que se achava depositado no âmago da memória popular, tendo sido então recolhida uma vasta gama de romanceiros, devocionários e antigos usos e costumes ─ curas, jogos, contos, superstições, lendas e pertinentes informações sobre a casa, a alimentação, o trabalho agrícola e a indumentária ─ cujas gravações constituem hoje um inestimável repositório da cultura popular insular. Uma parcela dos registos musicais recolhidos no concelho de Machico foi editada num álbum duplo em 1982.

O LEVANTAMENTO DA ARQUITECTURA RURAL INSULAR
O estudo do património edificado na área rural ─ e a sua íntima relação com o meio onde surgiu ─ despertou, desde sempre, o particular interesse de António Aragão. De facto, simultaneamente com o inventário artístico e da arquitectura erudita a que procedeu nos diversos concelhos insulares a partir de 1969, executaram-se também substanciais registos fotográficos das singulares casas madeirenses, de pedra ou de madeira, cobertas de colmo e das típicas construções do Porto Santo com cobertura de salão. Nos fins da década de 1970, e ao longo dos anos seguintes, com a colaboração de Eduardo de Freitas e de Jorge Valdemar Guerra, foi levado a cabo um meticuloso levantamento das variadas tipologias dessa ímpar arquitectura de raiz popular, plena de autenticidade, dos seus materiais e processos de construção e da organização funcional dos espaços envolventes e dos interiores das respectivas habitações, documentado com numerosas imagens fotográficas e variados desenhos, cortes e plantas. Tratou-se de um trabalho de inestimável significado, uma vez que esse notável património desapareceu, quase na sua totalidade, para sempre.

Texto: Jorge Valdemar Guerra;
Edição: Governo Regional da Madeira.

24 março 2025

Colóquio de Literatura Madeirense promove Obra Literária de António Aragão

O primeiro Colóquio de Literatura Madeirense, organizado pela Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura do Governo Regional da Madeira e pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Funchal, irá ter início no dia 31 de Março de 2025 às 9:30 horas no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias, na cidade do Funchal, Região Autónoma da Madeira, e nos dias seguintes no Arquivo e Biblioteca da Madeira, instituição de que António Aragão foi Director. Como uma das maiores referências da Literatura Madeirense e Portuguesa, o nome de António Aragão estará especialmente presente e será homenageado através das conferências do Professor Diogo Marques e da Professora Inês Cardoso, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

05 agosto 2024

Jornal JM Madeira: Região Autónoma da Madeira já em fase de conclusão para a inauguração do Centro Cultural António Aragão



Decorre a bom ritmo o procedimento relativo à criação do Museu António Aragão, ali em pleno coração da vila de São Vicente, junto à Igreja.

O tributo ao artista, falecido em agosto de 2008, dá-se no município onde nasceu, juntando a oportunidade que a Região teve de adquirir o seu espólio, em tempo oportuno, num processo fechado em 2021, a troco de 166 mil euros, passando a constituir património da Região Autónoma da Madeira. Agora, após algum tempo passado em exposição itinerante, foram já dados passos gigantescos para fixar tão valiosa herança cultural.

“Está pronto o projeto de arquitetura, foi aprovado, e falta as especialidades para colocar a concurso”, conforme confirma ao JM José António Garcês, que não esconde a sua satisfação pelo desenlace que permite reforçar a oferta cultural do seu concelho.

In Jornal JM Madeira, 17 de Julho de 2024.


12 dezembro 2023

Centro Cultural António Aragão inaugurado pelo Governo Regional da Madeira em 2024

O Centro Cultural António Aragão, instituição pública da Região Autónoma da Madeira que visa homenagear e divulgar nacional e internacionalmente com carácter permanente a Vida e Obra de António Aragão, será inaugurado pelo Governo Regional da Madeira no ano de 2024. Com as vertentes de museu, salas de conferências e espectáculos e residência artística, o Centro Cultural António Aragão integra o Espólio Artístico de António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia adquirido pela Região Autónoma da Madeira ao Jurista Dr. Marcos Aragão Correia, único filho, único herdeiro e único detentor de todos os Direitos de Autor de António Aragão. Este importantíssimo novo Museu Madeirense conseguiu ser realidade apenas após a fulcral intervenção jurídica do Dr. Francisco Teixeira da Mota, na qualidade de Advogado do Dr. Marcos Aragão Correia, o qual conseguiu vencer os bloqueios criminosos impostos pelo corrupto governo socialista da República Portuguesa, governo corrupto que finalmente acabou por cair acusado publicamente de ter perpetrado graves crimes de corrupção.

02 maio 2023

Centro Cultural António Aragão será inaugurado no segundo semestre de 2023















Centro Cultural António Aragão
(actualização)

De acordo com a mais recente informação enviada pelo Governo da Região Autónoma da Madeira através da Direção Regional da Cultura, o Centro Cultural António Aragão será inaugurado no segundo semestre de 2023. Neste momento o Gabinete de Arquitectura prepara o projecto de Museologia. O Governo Regional da Madeira sublinha o seu empenho em inaugurar o Centro Cultural António Aragão com as melhores condições que são devidas a António Aragão como personalidade maior das Artes e da Cultura da Madeira.

18 janeiro 2023

Centro Cultural António Aragão será inaugurado no centro da cidade de São Vicente, Região Autónoma da Madeira


Centro Cultural António Aragão

De acordo com nova informação divulgada pelo Governo da Região Autónoma da Madeira, o Centro Cultural António Aragão, instituição pública que será encarregue de estudar e divulgar a Vida e Obra de António Aragão e que incluirá as vertentes de museu, centro de exposições e de conferências e residência artística, será inaugurado dentro de 3 meses no centro da cidade de São Vicente, na Madeira. De acordo com a Directora Regional da Cultura, Teresa Brazão, a escolha do novo local para a sede do Centro Cultural António Aragão prende-se com a necessidade de garantir para a instituição melhores e mais amplas instalações ao mesmo tempo que uma maior centralidade na cidade onde António Aragão nasceu. O Governo da Região Autónoma da Madeira honra assim os seus compromissos face ao Espólio Artístico de António Aragão que comprou a Marcos Aragão Correia, único filho e herdeiro de António Aragão. Esta notícia foi também avançada na edição impressa de 18 de Janeiro de 2023 do Diário de Notícias da Madeira.

16 maio 2022

Diário de Notícias Madeira: "'António Aragão Os olhos que escutam o Mundo' é um livro único no panorama da banda desenhada portuguesa"

Diário de Notícias Madeira

13 de Maio de 2022

'"Os olhos que escutam o Mundo' é um livro único no panorama da banda desenhada portuguesa"

A Quinta Magnólia acolheu, esta tarde, a apresentação do livro ‘Os olhos que escutam o Mundo’, uma obra biográfica, em formato de banda desenhada, de António Aragão, figura incontornável da história e cultura madeirense, e que foi elaborada por cinco criadores regionais: Alexandra Esteireiro, Paola Rivas, Francisco Branco, Válter de Sousa e Roberto Macedo Alves. O livro surgiu como um desafio apresentado pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura, no âmbito das celebrações do centenário do nascimento de António Aragão que foram promovidas ao longo de 2021.

“É uma expressão diferente de elogiar, neste caso, através da banda desenhada, que não é muito usual ser utilizada para este tipo de celebração, mas que nos pareceu ser adequado pela diversidade e singularidade de Aragão”, explicou Eduardo Jesus, secretário regional de Turismo e Cultura, acrescentando que o escritor ficaria orgulhoso do resultado desta obra. "Penso que a irreverência que o caracterizou e a vontade que ele tinha sempre de descobrir e fazer diferente associada à juventude, que existe nesta criação e de fazer diferente, seria logo um motivo de grande alegria para ele, por isso, acho que é um contributo que fará dele um homem feliz neste momento”, destacou.

Por sua vez, Roberto Macedo Alves, coordenador e um dos cinco autores do projecto, enalteceu as características do livro. "É uma obra única no panorama da banda desenhada portuguesa e é uma forma apelativa e acessível de apresentar a vida e obra de António Aragão, sendo um livro adequado a leitores de todas as idades", frisou, explicando que os autores procuraram representar as diversas facetas do escritor português. "Cada Aragão é criado por cada desenhador, que foram responsáveis por cada uma faceta específica, e há páginas em que temos os cinco autores a participar, o que é bastante interessante", referiu.

in Diário de Notícias Madeira, 13 de Maio de 2022.

https://www.dnoticias.pt/2022/5/13/310887-os-olhos-que-escutam-o-mundo-e-um-livro-unico-no-panorama-da-banda-desenhada-portuguesa

24 fevereiro 2022

Presidente do Governo da Região Autónoma da Madeira enalteceu a importância de António Aragão


Comunicados da Presidência do Governo da Região Autónoma da Madeira


«A importância de António de Aragão extravasa a própria ilha»

Presidente do Governo enalteceu artista multifacetado que marcou a arte na Região e no país durante o século XX.

22-02-2022 Presidência

«Era um espírito inquieto, que experimentou diversas práticas artísticas – escultura, pintura, cerâmica, fotografia, literatura, entre outras – e que marcou, indiscutivelmente, a arte portuguesa e a arte na Madeira durante o século XX», disse o presidente do Governo Regional, por ocasião do lançamento do livro “António Aragão – Vida e Obra”, de Rui Carita.

O Chefe do Governo disse ainda que a marca de Aragão na arte portuguesa está associada ao seu espírito altamente inquieto, que o impeliu a romper com o conservadorismo da sociedade de então – fechada e arcaica – adotando, sob as diversas expressões artísticas do seu trabalho, um vanguardismo e um experimentalismo transformador e inovador.

«A importância de António de Aragão extravasa a própria ilha», vincou Miguel Albuquerque.

“António Aragão – Vida e Obra” é uma edição da Imprensa Académica apoiada pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, no âmbito das comemorações do centenário do nascimento do artista.

O Governo Regional empreende, por ocasião do centenário do nascimento, um ambicioso programa de atividades em diferentes áreas da cultura, com o objetivo de evocar e de dar a conhecer o artista, o investigador, o autor e a pessoa de Aragão.



Revista Islenha é das melhores do País

Miguel Albuquerque não tem dúvidas: a revista Islenha é uma das melhores revistas do País. E, como tal, elogiou a ideia hoje anunciada – durante a apresentação do novo grafismo da revista e de uma edição especial totalmente dedicada a António Aragão – de se proceder à digitalização e disponibilização pública de todos os conteúdos publicados ao longo dos tempos na revista.

24-02-2022 Presidência

O presidente do Governo, que falava na Quinta Magnólia, local da cerimónia, fez questão de dar os «parabéns a todos aqueles que, durante todos estes anos, têm participado, organizado e dirigido esta magnífica revista».

O governante salientou ser importante a disponibilidade pública de todos os conteúdos da “Islenha”, «sobretudo para que as novas gerações possam ter acesso a um conjunto de artigos e de temas que estão, em formato de papel, esgotados».

«Há neste momento várias edições que não estão disponíveis para o público. Acho uma excelente ideia a sua digitalização e penso que se deve difundir já esta notícia junto da comunidade e no estrangeiro», preconizou.

O líder madeirense deu ainda os parabéns por uma edição da revista dedicada em exclusivo a António Aragão. «É um número especial, mas importante, porque o António Aragão é um artista de corpo inteiro e, como tal, um homem com espírito inquieto, de ruturas e de vanguarda», reforçou.

Segundo Miguel Albuquerque, «as ruturas e as vanguardas sempre tiveram uma grande importância nas mudanças estéticas, artísticas, sociais e económicas, no mundo».

António Aragão, recordou, ainda, era um homem que se dedicava a diversas áreas da arte: etnografia, história, escultura, pintura, cerâmica, arqueologia, literatura, fotografia, cinema, desenho e património e outras modalidades. «Era artista multifacetado, que rompeu com a sociedade conservadora madeirense dos anos 60 e 70», destacou.

«Temos artistas de corpo inteiro como António Aragão, cuja obra resiste ao tempo histórico e temos uns bluffs, produtos do marketing, que vão ter, quanto muito, direito a um pé de página na história da Arte em Portugal», considerou ainda.

A terminar, anunciou que, doravante, cada número da revista Islenha será divulgado em conferência de imprensa.

28 maio 2021

Governo da Região Autónoma da Madeira cria museu dedicado a António Aragão

 

Diário de Notícias Madeira

25 de Maio de 2021

São Vicente contará com

Centro Cultural António Aragão

Secretário Regional de Turismo e Cultura assinou hoje um protocolo com a Câmara Municipal de São Vicente e a Naturnorte – Gestão de Equipamentos Colectivos e Prestação de Serviços, tendo em vista a criação do Centro Cultural António Aragão.


O Secretário Regional de Turismo e Cultura assinou hoje um protocolo com a Câmara Municipal de São Vicente e a Naturnorte – Gestão de Equipamentos Colectivos e Prestação de Serviços, tendo em vista a criação do Centro Cultural António Aragão, no Solar da Ribeira Seca, na vila de São Vicente.

O acordo rubricado tem em consideração a intenção do Governo Regional, assim como do município do norte da ilha, em assinalar condignamente o centenário do nascimento de António Aragão, com destaque para uma grande exposição permanente a exibir no referido solar, local onde, a partir de então, pretende-se instalar e manter em funcionamento o Centro Cultural dedicado ao artista e homem da Cultura.

Além disso, o protocolo tem em linha de conta que a abertura ao público do futuro Centro Cultural António Aragão, em São Vicente, contribui para uma oferta cultural de qualidade, diversificada e descentralizada, bem como para a promoção e divulgação da Região também enquanto destino de cultura.

Recorde-se que a Secretaria Regional de Turismo e Cultura adquiriu parte do espólio artístico de António Aragão, pintor, escultor, historiador, investigador, escritor e poeta, constituído por diversos quadros, pinturas, desenhos, esculturas, assemblage, documentos de pesquisa, cartas, dedicatórias, textos, poemas, correspondência diversa, entre outros.

António Aragão, reconhecido como um dos maiores vultos da cultura portuguesa do século XX, tem a particularidade de ter nascido em São Vicente a 22 de setembro de 1921. Daí que este ano se comemora o centenário do seu nascimento. Viria a falecer no Funchal a 11 de agosto de 2008.

De uma forma geral, o presente protocolo tem como finalidades específicas promover e apoiar projetos, programas, ações e eventos que dinamizem e fomentem uma oferta cultural diversificada e de qualidade, contribuir para a prossecução de uma política cultural descentralizada e para o surgimento de novos públicos, bem como promover e divulgar o concelho de S. Vicente em particular, e o norte da Madeira em geral, enquanto destinos de cultura.

in Diário de Notícias Madeira, 25 de Maio de 2021

https://www.dnoticias.pt/2021/5/25/262768-sao-vicente-contara-com-centro-cultural-antonio-aragao/

09 março 2021

Região Autónoma da Madeira rejeita comemorações do Partido Comunista: Liberdade em Portugal ou Independência da Madeira!


"Celebrar o quê?
O PCP [Partido Comunista Português] celebrou cem anos com loas patéticas à ideologia comunista.
Só por ingenuidade ou idiotia é que se pode ignorar o cortejo de horrores que o comunismo e os seus sanguinários regimes trouxeram à humanidade.
Genocídio de milhões e milhões de pessoas, repressão e supressão de liberdades cívicas e políticas, ditadura implacável do partido único, atraso económico e social, campos de concentração e prisões políticas….
Estaline, Pol Pot, Mao, Castro, Kim II-sung e muitos outros genocidas são símbolos tristes do que é, e sempre será, a implantação prática do comunismo em qualquer lado.
Felizmente para todos nós, a 25 de Novembro de 1975, o PCP e as suas forças revolucionárias foram derrotados na tentativa de instaurarem uma ditadura comunista em Portugal.
O PCP é, hoje, um anacronismo com demasiada influência em Portugal.
Do fundo das suas catacumbas mentais e do seu fanatismo, continua a venerar os abjetos regimes da Coreia do Norte, da Venezuela, da China, da Bielorrússia e de Cuba e a deplorar a democracia pluralista.",

Miguel Albuquerque, Presidente do Governo da Região Autónoma da Madeira.

Diário de Notícias da Madeira, 8 de Março de 2021:

06 janeiro 2021

Região Autónoma da Madeira adquiriu Espólio Artístico de António Aragão

O Governo da Região Autónoma da Madeira concluiu a compra do Espólio Artístico de António Aragão, o qual passou a integrar o património público da Madeira. Foram 5 anos de batalhas judiciais contra os movimentos opressores socialistas que actualmente governam e destroem Portugal e que tudo fizeram para impedir a Madeira de adquirir o Espólio do seu nome mais importante na Arte e na Cultura, António Aragão. A Madeira saiu vencedora desta batalha, resistindo uma vez mais com sucesso ao colonialismo de índole comunista imposto por Lisboa, e afirmando-se, como sempre, como terra livre de todo o tipo de ditaduras socialistas. Tudo isto na mesma altura em que António Aragão está mais uma vez em exposição nos Estados Unidos da América, agora na Universidade do Hawaii. A Família de António Aragão, constituída por Marcos Aragão Correia, sua Esposa e os seus quatro filhos, netos de António Aragão, agradecem ao Governo Regional da Madeira, em especial ao seu Presidente Dr. Miguel Albuquerque e ao Partido Social Democrata, todo o empenho que demonstraram nesta importante aquisição para a Madeira. Um muito obrigado também aos nossos Advogados, Dr. Francisco Teixeira da Mota, Dra. Luísa Teixeira da Mota e Dr. Tomás Pereira da Silva, pelo enorme profissionalismo, competência e honestidade com que sempre actuaram.

09 junho 2019

Região Autónoma da Madeira confirma aquisição do Espólio de António Aragão


Presidência do Governo Regional da Madeira confirma aquisição do Espólio de António Aragão

A Família de António Aragão recebeu missiva datada de 3 de Junho de 2019, assinada pelo Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional da Madeira Dr. Miguel Filipe Machado de Albuquerque, confirmando que a Região Autónoma da Madeira irá proceder à aquisição do Espólio de António Aragão ainda durante a corrente legislatura autonómica. Esta decisão vem prestar o devido reconhecimento da Madeira a um dos seus maiores vultos, António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia, e limpar o enxovalhamento criminoso a que Paulo Cafôfo, actual presidente da Câmara Municipal do Funchal, sujeitou o preciosíssimo Espólio Artístico de António Aragão. António Aragão foi o Madeirense com maior reconhecimento internacional nas áreas da Arte e da Cultura, pioneiro na Poesia Experimental e na Electrografia em Portugal, pioneiro na História e na Arqueologia da Madeira, pioneiro no estudo e recolha sistematizada do Folclore da Madeira, Artista Plástico com centenas de exposições em numerosos Países da Europa, América e Ásia, encontrando-se representado em numerosas colecções privadas e institucionais e aclamado pela crítica.