António Aragão
Excerto da intervenção do deputado (independente) Gil Canha na reunião plenária de 6 de Janeiro de 2016 da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira:
«Aqui na Madeira, efetivamente, como já digo há muito tempo, nós sempre nos preocupámos mais com o preço do aguardente e do vinho do que propriamente com o nosso património. Basta dizer que o levantamento que o Dr. António Aragão fez nos anos 60, do património edificado da cidade do Funchal, quase 60% já foi destruído. O Dr. António Aragão publicou vários artigos em várias revistas, referenciou muitas quintas, muitos monumentos, muitas fortificações e até habitações na cidade do Funchal, infelizmente foram quase todas elas demolidas. E aquilo que falou, faz-me lembrar a famosa Quinta Deão, que foi um crime que já foi praticado no tempo do Estado Novo. Temos um corolário de destruição do nosso património que é, de facto, assustador.
Lembro que o próprio Dr. Miguel Albuquerque também foi um instrumento da demolição do nosso património, basta dizer que há bem pouco tempo, na Praça do Carmo, demoliu uma moradia do século XVIII que deu agora lugar a uma pastelaria e a um edifício de escritórios que, como há muita falta de escritórios na Madeira, fez-se lá uns escritoriozinhos.
Lembro-me também dum crime que foi praticado aqui na Madeira, pela Cooperativa, se não me engano, a Nossa Casa, que foi a questão do Palácio dos Menezes, que era, de facto, uma moradia lindíssima, com pinturas do Max Roemer no interior, e que foi destruído pelos patos bravos da Madeira Nova.
Uma vergonha e que nós fomos assistindo, sempre, sempre sob o pretexto do desenvolvimento e de dar emprego e que, de facto, não se podia ser Velhos do Restelo, contra o desenvolvimento, que foram sempre os chavões do regime do PSD e que cada vez têm destruído mais a nossa cidade.
Aliás, eu costumo dizer que o Dr. Miguel Albuquerque fez mais destruição no nosso património edificado do que o bombardeamento dos submarinos alemães na Primeira Guerra Mundial!
(...)
nós sabemos que existem ali, no Infante, moradias dos anos 40, e eu fiz um grande esforço, quando estive na Câmara, para classificá-las, infelizmente o Sr. Prof. Paulo Cafofo fez um grande esforço para desclassificá-las, e neste momento o processo voltou atrás.»,
Gil Canha.
«Aqui na Madeira, efetivamente, como já digo há muito tempo, nós sempre nos preocupámos mais com o preço do aguardente e do vinho do que propriamente com o nosso património. Basta dizer que o levantamento que o Dr. António Aragão fez nos anos 60, do património edificado da cidade do Funchal, quase 60% já foi destruído. O Dr. António Aragão publicou vários artigos em várias revistas, referenciou muitas quintas, muitos monumentos, muitas fortificações e até habitações na cidade do Funchal, infelizmente foram quase todas elas demolidas. E aquilo que falou, faz-me lembrar a famosa Quinta Deão, que foi um crime que já foi praticado no tempo do Estado Novo. Temos um corolário de destruição do nosso património que é, de facto, assustador.
Lembro que o próprio Dr. Miguel Albuquerque também foi um instrumento da demolição do nosso património, basta dizer que há bem pouco tempo, na Praça do Carmo, demoliu uma moradia do século XVIII que deu agora lugar a uma pastelaria e a um edifício de escritórios que, como há muita falta de escritórios na Madeira, fez-se lá uns escritoriozinhos.
Lembro-me também dum crime que foi praticado aqui na Madeira, pela Cooperativa, se não me engano, a Nossa Casa, que foi a questão do Palácio dos Menezes, que era, de facto, uma moradia lindíssima, com pinturas do Max Roemer no interior, e que foi destruído pelos patos bravos da Madeira Nova.
Uma vergonha e que nós fomos assistindo, sempre, sempre sob o pretexto do desenvolvimento e de dar emprego e que, de facto, não se podia ser Velhos do Restelo, contra o desenvolvimento, que foram sempre os chavões do regime do PSD e que cada vez têm destruído mais a nossa cidade.
Aliás, eu costumo dizer que o Dr. Miguel Albuquerque fez mais destruição no nosso património edificado do que o bombardeamento dos submarinos alemães na Primeira Guerra Mundial!
(...)
nós sabemos que existem ali, no Infante, moradias dos anos 40, e eu fiz um grande esforço, quando estive na Câmara, para classificá-las, infelizmente o Sr. Prof. Paulo Cafofo fez um grande esforço para desclassificá-las, e neste momento o processo voltou atrás.»,
Gil Canha.