27 agosto 2019

António Aragão em exposição no Rio de Janeiro

A exposição "Poesia Experimental Portuguesa" organizada pela Espaço Líquido, com curadoria de Omar Khouri e Bruna Callegari, e patrocinada pelo Governo Federal do Brasil, chegará em breve à cidade do Rio de Janeiro, onde estará patente ao público depois do sucesso obtido nas cidades de Brasília e São Paulo. Esta importante exposição integra diversas Obras da autoria de António Aragão, principal pioneiro da Poesia Experimental em Portugal.

21 agosto 2019

Fundació Joan Brossa divulga António Aragão


A Fundació Joan Brossa, uma das mais importantes instituições culturais da Catalunha, vai publicar o Poema Azul e Branco, da autoria de António Aragão, no livro "The Net in the Forest. Joan Brossa and experimental poetry, 1946-1980", o qual será lançado a partir de Outubro de 2019 numa parceria com o Ayuntamiento de Barcelona. A curadoria da edição é da responsabilidade de Eduard Escoffet.

23 julho 2019

Prefácios dos novos livros de António Aragão

Prefácios das novas edições dos livros da autoria de António Aragão, lançados na Fundação de Serralves (cidade do Porto) no dia 5 de Julho de 2019:

"Electrografias", Editora Busílis, 2019, prefácio da autoria do Dr. Bruno Ministro (Universidade de Coimbra):


"Os bancos antes da nacionalização", Editora Tigre de Papel, 2019, prefácio da autoria da Dra. Inês Cardoso (Universidade do Porto):

23 junho 2019

Fundação de Serralves acolhe lançamento das duas novas edições de António Aragão

A Fundação de Serralves irá acolher o lançamento das duas novas edições de António Aragão, a saber, o livro "Electrografias" com chancela da Editora Busílis e o livro "Os bancos antes da nacionalização" com chancela da Editora Tigre de Papel. O lançamento, que será conjunto para estas duas obras literárias, ocorrerá na livraria da Fundação de Serralves no dia 5 de Julho de 2019 às 18h30, com entrada livre. A coordenação, introdução e moderação da sessão estará a cargo do Prof. Dr. Rui Torres (Universidade Fernando Pessoa), a apresentação do livro "Electrografias" será da responsabilidade do Dr. Bruno Ministro (Universidade de Coimbra), a do livro "Os bancos antes da nacionalização" será da responsabilidade da Dra. Inês Cardoso (Universidade do Porto), e o Dr. Fernando Aguiar irá falar sobre a vida de António Aragão e o seu papel pioneiro na Poesia Experimental Portuguesa.
Fundação de Serralves
Rua D. João de Castro, 210
4150-417 Porto.

09 junho 2019

Região Autónoma da Madeira confirma aquisição do Espólio de António Aragão


Presidência do Governo Regional da Madeira confirma aquisição do Espólio de António Aragão

A Família de António Aragão recebeu missiva datada de 3 de Junho de 2019, assinada pelo Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional da Madeira Dr. Miguel Filipe Machado de Albuquerque, confirmando que a Região Autónoma da Madeira irá proceder à aquisição do Espólio de António Aragão ainda durante a corrente legislatura autonómica. Esta decisão vem prestar o devido reconhecimento da Madeira a um dos seus maiores vultos, António Manuel de Sousa Aragão Mendes Correia, e limpar o enxovalhamento criminoso a que Paulo Cafôfo, actual presidente da Câmara Municipal do Funchal, sujeitou o preciosíssimo Espólio Artístico de António Aragão. António Aragão foi o Madeirense com maior reconhecimento internacional nas áreas da Arte e da Cultura, pioneiro na Poesia Experimental e na Electrografia em Portugal, pioneiro na História e na Arqueologia da Madeira, pioneiro no estudo e recolha sistematizada do Folclore da Madeira, Artista Plástico com centenas de exposições em numerosos Países da Europa, América e Ásia, encontrando-se representado em numerosas colecções privadas e institucionais e aclamado pela crítica.

Obras de António Aragão em exposição no Metro da Cidade de São Paulo


Obras de António Aragão em exposição no Metro de São Paulo até 2 de Julho

A convite do Consulado de Portugal em São Paulo, diversas Obras da exposição "Poesia Experimental Portuguesa", exposição patrocinada pelo Governo Federal do Brasil, estarão expostas na Estação da Luz (Linha 4-Amarela) do Metro da Cidade de São Paulo, de 3 de Junho a 2 de Julho de 2019. 

A curadoria realizada por Bruna Callegari e Omar Khouri, com a chancela da Espaço Líquido, é um recorte de 20 Obras, dentre as mais de 80 que estiveram na exposição original realizada na cidade de Brasília em 2018. São reproduções-cartazes que trazem um pouco da história da Poesia Esperimental Portuguesa desde a década de 1960 aos dias actuais e que divulgarão o projecto para um público estimado de 5 milhões de pessoas que circularão pela estação do Metro durante o período expositivo.

A exposição com Obras originais reúne 18 Artistas, entre os quais António Aragão, pioneiro da Poesia Experimental Portuguesa, e tem prevista itinerância por São Paulo e Rio de Janeiro entre 2019 e 2021.

Foto de uma das Obras de António Aragão expostas no Metro de São Paulo.

20 maio 2019

António Aragão em exposição no Metro de São Paulo



António Aragão no Metro da Cidade de São Paulo, Brasil

No âmbito da itinerância da Exposição Poesia Experimental Portuguesa no Brasil, exposição organizada pela Espaço Líquido com o patrocínio do Governo Federal do Brasil, diversas Obras de António Aragão, conjuntamente com as de outros Artistas de relevo, estarão em exposição na Estação da Luz do Metro da Cidade de São Paulo, do dia 3 ao dia 30 de Junho de 2019. A Estação da Luz é uma das estações de Metro com maior fluxo de usuários da Cidade de São Paulo. A Espaço Líquido estima uma circulação de 5 milhões de pessoas que terão acesso à exposição.

10 maio 2019

Doutora Inês Cardoso, da Universidade do Porto, assina prefácio da nova edição de "Os bancos antes da nacionalização" de António Aragão

A nova edição do livro "Os bancos antes da nacionalização" da autoria de António Aragão, com chancela da Editora Tigre de Papel (Lisboa), terá prefácio da Doutora Inês Cardoso, da Universidade do Porto. A coordenação desta edição é da responsabilidade do Professor Doutor Rui Torres, da Universidade Fernando Pessoa.

Editora Tigre de Papel reedita "Os bancos antes da nacionalização" de António Aragão


A Editora Tigre de Papel (Lisboa) contratou a reedição do livro "Os bancos antes da nacionalização", da autoria de António Aragão, com lançamento previsto para o mês de Junho de 2019.

16 abril 2019

Diário de Notícias Madeira: «‘Electrografias’ junta três livros e inéditos de António Aragão»

Diário de Notícias Madeira
16 de Abril de 2019

‘Electrografias’ junta três livros e inéditos de António Aragão


A obra está no prelo, chegará ao público através da editora Búsilis


PORTO /
16 ABR 2019 / 09:00 H.





A capa do novo livro. Foto DR

Está no prelo uma nova edição sobre a Poesia Visual de António Aragão, um livro que reúne três publicados em 1990 e que inclui ainda inéditos. ‘Electrografias’ chega ao público este ano pela editora Búsilis, é um livro ampliado com obras do autor, uma referência na poesia experimental portuguesa, e um texto introdutório de Bruno Ministro intitulado ‘Invenção, destruição: O ininterrupto gesto de pensar o mundo de forma arriscada’. A coordenação foi de Rui Torres, docente da Universidade Fernando Pessoa.
A notícia da nova edição foi avançada pelo filho de António Aragão e está também no site do Arquivo Digital da PO.EX - Poesia Experimental Portuguesa. Este novo livro é uma obra construída através de uma exploração criativa da fotocopiadora. “Electrografias apresenta trabalhos contaminados por efeitos de arrastamento, desgaste e distorção”, revela a sinopse. “Ao atingirem a imagem e a palavra, estas acções estético-performativas contribuem para a emergência de uma poética do excesso em que a iconoclastia da imagem e o nonsense da palavra se cruzam numa conjugação que tem tanto de humorístico quanto de violento”.
Os novos textos que foram incluídos em ‘Electrografias são provenientes dos arquivos de César Figueiredo e de Fernando Aguiar.
António Aragão faleceu em 2008, deixando um extenso trabalho. Além de poeta, escritor e pintor, o madeirense nascido em 1921 deixou ainda a sua marca enquanto historiador, tento entrado no campo da ficção, da dramaturgia, da arqueologia.
Organizador da revista Poesia Experimental (1964 e 1966), participou nas principais iniciativas do experimentalismo literário em Portugal bem como em inúmeras exposições, revistas e projectos no estrangeiro, recorda o Arquivo Digital da PO.EX - Poesia Experimental Portuguesa. “O conjunto da obra de António Aragão é marcado por uma acutilante visão crítica do mundo, dos discursos e dos poderes instituídos”, escreve.
Este livro deverá em breve estar disponível.

in Diário de Notícias Madeira, 16 de Abril de 2019
https://www.dnoticias.pt/5-sentidos/electrografias-junta-tres-livros-e-ineditos-de-antonio-aragao-BA4640571

05 abril 2019

Nova edição de "Electrografias" de António Aragão




Nova edição de Electrografias de António Aragão (Busílis, no prelo)


Publicação de Electrografias, de António Aragão.
Dados da publicação > Editora: Busílis | Local: Porto | Ano: 2019 | Formato: 148×210 | Nº de páginas: 218 | ISBN: 978-989-8582-65-2

Sinopse > Obra construída através de uma exploração criativa da fotocopiadora, Electrografias apresenta trabalhos contaminados por efeitos de arrastamento, desgaste e distorção. Ao atingirem a imagem e a palavra, estas acções estético-performativas contribuem para a emergência de uma poética do excesso em que a iconoclastia da imagem e o nonsense da palavra se cruzam numa conjugação que tem tanto de humorístico quanto de violento. Electrografias reúne num só volume três obras originalmente publicadas em 1990, agora expandidas com um conjunto de inéditos provenientes dos arquivos de César Figueiredo e de Fernando Aguiar.
Sobre o autor > António Aragão (Madeira, 1921-2008), poeta, escritor, pintor, historiador, foi um dos mais activos autores da poesia experimental portuguesa. Organizador da revista Poesia Experimental (1964 e 1966), participou nas principais iniciativas do experimentalismo literário em Portugal bem como em inúmeras exposições, revistas e projectos no estrangeiro. O seu domínio de acção artístico-literária estende-se da poesia experimental à poesia concreta e visual, abarcando ainda a ficção experimental, o teatro e a electrografia. O conjunto da obra de António Aragão é marcado por uma acutilante visão crítica do mundo, dos discursos e dos poderes instituídos. Esta perspectiva incisiva expressa-se através de uma não menos radical materialidade do texto e da imagem.

Inclui texto introdutório de Bruno Ministro, “Invenção, destruição: O ininterrupto gesto de pensar o mundo de forma arriscada”.

01 fevereiro 2019

Universidade Fernando Pessoa (Porto) acolhe inéditos de António Aragão

A Universidade Fernando Pessoa, cidade do Porto, acolheu em Janeiro de 2019 numerosos inéditos de António Aragão, incluindo obras literárias, manuscritos e correspondência, actualmente em processo de catalogação para efeitos de estudo, disponibilização ao público e publicação. O processo está a ser coordenado pelo Prof. Dr. Rui Torres, docente naquela universidade.
Antes, a Universidade Fernando Pessoa tinha já publicado um extenso volume exclusivamente dedicado à Vida e Obra Literária de António Aragão: Cibertextualidades 7.

09 dezembro 2018

JM: «António Aragão ainda é uma referência e um modelo a seguir pelas novas gerações»

JM - Jornal da Madeira
03 de Dezembro de 2018

«António Aragão ainda é uma referência e um modelo a seguir pelas novas gerações»


O documentário 'António Aragão' foi hoje apresentado, na Sala do Senado da Universidade da Madeira.

O registo integra uma série de seis programas sobre artistas plásticos na Madeira e foi produzido pela Secretaria Regional de Educação, através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia da Direção Regional de Educação.

A organização do evento foi da responsabilidade de Duarte Encarnação (UMa) e de Paulo Esteireiro (DRE).

Este último mostrou-se satisfeito, em declarações ao JM, pela adesão dos alunos da UMa e do público em geral, que se mostraram interessados em conhecer “uma personalidade única da história cultural da Madeira”.

“A Secretaria Regional de Educação procura manter viva a obra e a vida deste intelectual e artista madeirense, que teve uma projeção nacional e internacional que ainda hoje nos orgulha. Na prática, pretende-se que o nome de António Aragão deixe de ser desconhecido para a população em geral da Madeira, principalmente na educação”, disse.

Para Paulo Esteireiro, “foi consensual no debate que se seguiu à visualização do documentário, que António Aragão foi uma das figuras mais marcantes e multifacetadas da sua geração, no domínio da cultura madeirense. A postura vanguardista, experimentalista e irreverente do seu trabalho ainda hoje pode ser considerada um modelo a seguir pelas novas gerações. Aragão tinha conhecimentos privilegiados para a época e uma rede de contactos internacional, que lhe permitiu ser pioneiro em diversas áreas, desde a arqueologia e a biblioteconomia, passando pela etnografia e a história, até à conservação informada cientificamente, a poesia experimental, o desenho e a escultura”.

Saliente-se ainda que a série de seis programas sobre artistas plásticos da Madeira conta com a direção geral de Virgílio Caldeira e Paulo Esteireiro, sendo a produção da responsabilidade de Filipa Silva e Jorge Conduto. Bruno Santos foi o realizador do documentário sobre António Aragão e o guião conta com a autoria de Raquel Camacho.

20 novembro 2018

Tese de doutoramento da Dra. Maria João Lopes Fernandes defendida em 2018 na Universidade de Lisboa sobre a Poesia Experimental Portuguesa

Tese de doutoramento da Dra. Maria João Lopes Fernandes defendida em 2018 na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa:

«O encontro entre a poesia e as artes visuais: Poesia Experimental Portuguesa, 1964-1974»,

Artigo da Dra. Inês Cardoso sobre a correspondência entre António Aragão e Alberto Pimenta (Universidade do Porto)

Artigo da Dra. Inês Cardoso sobre a correspondência entre António Aragão e Alberto Pimenta:
«às vezes julgo-me na iminência de ver o horror: pensar a Europa em os 3 farros. descida aos infermos. de António Aragão e Alberto Pimenta»,

in Cadernos de Literatura Comparada – Revista do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, Universidade do Porto, n. 38 (2018): Espaços Literários e Territórios Críticos, Orgs.: Ana Paula Coutinho, Gonçalo Vilas-Boas, José Domingues de Almeida, Maria Luísa Malato, Teresa Martins de Oliveira. ISSN 2183-2242. pp. 429-438:

http://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/article/view/496/543

19 outubro 2018

Exposição Poesia Experimental Portuguesa em Brasília com Obras de António Aragão





Exposição Poesia Experimental Portuguesa
Local: CAIXA Cultural Brasília – Galerias Piccola I e II (SBS Quadra 4 Lotes 3/4), Brasília
Curadoria: Bruna Callegari e Omar Khouri
Abertura: 16 de outubro de 2018, às 19h
Visitação: de 17 de outubro a 16 de dezembro de 2018
Horário: de terça a domingo, das 9h às 21h
Entrada Franca
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (61) 3206-9448 e (61) 3206-9449
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal do Brasil.

12 outubro 2018

GPS Lifetime: «Chega a Brasília exposição sobre Poesia Experimental Portuguesa»

GPS Lifetime

Chega a Brasília exposição sobre Poesia Experimental Portuguesa

Uma das diversas Obras de António Aragão em exibição em Brasília

O compilado de obras estará exposto na CAIXA Cultural Brasília

«A CAIXA Cultural Brasília recebe, de 17 de outubro a 16 de dezembro, a exposição Poesia Experimental Portuguesa, nas Galerias Piccola I e II. O compilado de obras apresenta, pela primeira vez ao público brasileiro, um panorama da poesia experimental realizada em Portugal desde os anos 1960 até os dias atuais.

São cerca de 80 trabalhos de 18 artistas portugueses. A coletânea, com curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri, percorre uma trajetória de seis décadas de produção poética em diferentes formatos e suportes: impressões, pinturas, caligrafias, fotografias, objetos, áudios e vídeos.

Apelidada com as iniciais de Poesia Experimental, a PO-EX nunca se configurou como um movimento fechado e teve pouca visibilidade no Brasil, embora ambos os países compartilhem da mesma língua e os portugueses tenham sido influenciados pela Poesia Concreta brasileira. Na exposição, destacam-se obras de artistas como E.M. de Melo e Castro, Ana Hatherly, António Aragão, Salette Tavares, Silvestre Pestana, António Barros, Fernando Aguiar, Emerenciano, entre outros.

A Poesia Experimental se configura como uma prática artística de resistência e transgressão.

Em suas viagens a Portugal, a curadora Bruna Callegari encontrou com artistas, colecionadores e instituições de arte, recolhendo revistas independentes, documentos, obras em papel, colagens, arte-postal, registros em vídeo e objetos.

A exposição visa resgatar e evidenciar o histórico dos artistas e de sua valiosa produção cultural.»,

in GPS Lifetime, 10 / 11 Outubro 2018

10 outubro 2018

António Aragão em exposição no Brasil


Patrocinada pelo Governo Federal do Brasil, inaugura-se em Brasília, na CAIXA Cultural, no dia 16 de Outubro de 2018 às 19 horas, a mega exposição "Poesia Experimental Portuguesa", organizada pelo Espaço Líquido sob a curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri.
Esta importante exposição, que estará patente ao público até ao dia 16 de Dezembro de 2018, integra numerosas obras da Poesia Experimental Portuguesa da autoria dos principais Poetas Experimentais, entre os quais se destaca o seu fundador António Aragão.

02 outubro 2018

Diário de Notícias Madeira: «MPT quer que presidente da Câmara do Funchal se demita»

«O MPT-Madeira emitiu um comunicado esta noite, na qual torna pública a sua posição face ao presidente da Câmara Municipal do Funchal. “Paulo Cafôfo está a enganar toda a população do Funchal e arredores, porque de manhã trabalha na Câmara Municipal do Funchal, no cargo para que foi eleito e à tarde deveria estar a fazer o mesmo, mas contrariamente aos desígnios do povo, sai dessas funções e faz campanha eleitoral ao serviço do PS Madeira com vários militantes, visitando instituições, adegas de vinho, unidades hoteleiras, etc, cometendo irregularidades graves de usurpação de funções que não lhe são reconhecidas”, atiram. E acrescentam: “Apenas sabemos que pretende ser candidato pelo PS Madeira, mas isso não lhe confere o direito de fazer o papel de Presidente do Governo Regional.”
Noutro ponto, o Partido da Terra deixa um alerta à população “para que não se deixe enganar com o comportamento desregrado do candidato Paulo Cafôfo, que atua de forma irregular, ou seja, eu quero, mando e posso, seguindo impune com este comportamento inconstitucional, deixando as funções para que foi eleito no período da tarde, para se tornar apenas representante do PS Madeira, trabalhado e fazendo campanha eleitoral para este partido e para a sua causa, numa demagogia falaciosa e com o objectivo de enganar todos aqueles que votaram para que cumprisse todo o mandato à frente da Câmara Municipal do Funchal a tempo inteiro”.
E continua, dizendo que na opinião do MPT “se o Presidente Paulo Cafôfo eleito para um mandato de 4 anos (afirmou na altura que cumpria o mandato até ao fim), quer fazer apenas campanha eleitoral pelo PS Madeira, deve de imediato por o lugar à disposição, deixando de uma vez por todas de enganar a população”.
Por fim, aponta aos partidos que apoiam a Coligação Confiança, vencedora das últimas eleições autárquicas no Funchal. “O MPT-Madeira pergunta se os partidos que suportam esta coligação (aqui tem que se incluir o CDS-PP), se concordam com um Presidente a meio tempo que desempenha funções para lá do âmbito daquelas para as quais foi legitimado, enganando tudo e todos? Caso estejam de acordo, quer dizer então que fazem parte desta enorme farsa teatral, assumindo o logro e o engano como a sua verdadeira política de falsidade pela qual se tornaram verdadeiros experts”, conclui.»,
in Diário de Notícias Madeira, 18 Setembro 2018

13 agosto 2018

Dr Barra da Costa (ex-Inspector-Chefe da Polícia Judiciária) denuncia corrupção total em Portugal

(in Jornal de Notícias)


ESTADO, POLÍCIA, TRIBUNAIS: CULTURA CRIMINOLÓGICA EM PORTUGAL.
Por Dr José Martins Barra da Costa, escrito em exclusivo para o website oficial de António Aragão www.aragao.org







Biografia Dr José Martins Barra da Costa:
1. Formação académica (antes de Bolonha)
- Licenciatura em Antropologia – Instituto Superior Ciências do Trabalho e da Empresa
- Posgraduação em Ciências Criminais – Instituto Superior Ciências da Saúde Egas Moniz 
- Posgraduação em Estudos Psicocriminais – Faculdade de Direito Universidade Nova 
- Mestrado em Relações Interculturais - Universidade Aberta
- Doutoramento em Psicologia – Universidade de Aveiro
- Doutor Especialista em Criminologia - Universidade Lusíada Norte, Porto
2. Experiência profissional
2.1.- Ministério da Justiça (1971-2002)
- PJ, Investigador Criminal – Inspector-chefe (1975-2002) 
(Homicídios, assaltos mão armada, crimes sexuais, terrorismo)
- Docente Criminologia, no Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais (1996-2002)
2.2. - Ministério da Administração Interna, Chefe Divisão Refugiados / Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (1991-1995)
3. Formador
- EURO 2004 – Stewards/ Técnicas de comunicação (2003)
- Guarda Nacional Republicana – Criminologia, em cursos de Investigação Criminal (2001-2012)
- Polícia de Segurança Pública, Sindicato Nacional de Polícia – Criminologia, Cena do Crime, Crimes Sexuais (2006-2012)
- CRIAP, Porto – Criminalidade Comum e Criminalidade Organizada (2009-2018)
4. Actividade académica 
4.1.- Criminologia (pós-graduações)
- Universidade Moderna (1999-2001) 
- Instituto Superior Ciências da Saúde (2000-2007)
- Universidade Internacional (2004/5) 
- Universidade Lusófona (2001-2012)
4.2. - Investigação Criminal, na licenciatura e no mestrado de Psicologia Criminal, no Instituto Superior Ciências Saúde Egas Moniz (2005-2013)
4.3. - Agressão, Conflito e Violência(s), no mestrado de Riscos e Violência, na Universidade Lusófona (2010-2013)
4.4. - Introdução às Ciências Forenses, Psicologia Forense e Criminalidade Sexual na licenciatura de Criminologia; e Investigação da Criminalidade Comum e Investigação da Criminalidade Organizada, no mestrado de Ciências Jurídico-Penais, ambas na Universidade Lusíada, no Porto (2012-2018)
5. Livros:
5.1. - Edição Universidade Aberta: 
- (1997), Exílio e Asilo (Refugiados em Portugal), tese de Mestrado
5.2. - Edição Colibri:
- (1999), Práticas Delinquentes (de uma criminologia do anormal a uma antropologia da marginalidade)
- (2001), Prostituição 2001 (o masculino e o feminino de rua)
- (2002), Organização, Prefácio e Posfácio de O Gang e a Escola
- (2003), Sexo, Nexo e Crime (Teoria e Investigação da Delinquência Sexual)
- (2004), O Terrorismo e as FP 25 anos depois
- (2006), Filhos do Diabo (assassinos em série, satânicos e vampíricos)
- (2007), O Idoso e o Crime(Prevenção e Segurança)
5.3. - Edição Dom Quixote:
- (2008), Maddie, Joana e a Investigação criminal.
5.4. - Edições Pactor
- (2013), Perfis Psicocriminais. Do Estripador de Lisboa ao Profiler
5.5. - Edições Macaronésia
- (2014), Nós, os Psicopatas (fantasias, manias e anomalias)
- (2017), Os Crimes de João Brandão (das Beiras ao Degredo)
Dezenas de artigos em revistas científicas. 
É o único profiler criminal em Portugal (prática e teoria de Antropologia, Criminologia, Psicologia e Investigação Criminal).
Quando a censura permite é cronista em jornais e comentador em programas televisivos.

16 maio 2018

Editora TRINTA POR UMA LINHA prepara-se para lançar a reedição conjunta das Obras "Electrografias" de António Aragão


A Editora TRINTA-POR-UMA-LINHA, com sede no Porto, prepara-se para lançar a reedição conjunta das Obras "Electrografias", de António Aragão, reedição concretizada sob a coordenação do Prof. Dr. Rui Torres e do Dr. Bruno Ministro, respectivamente da Universidade Fernando Pessoa e da Universidade de Coimbra.
Nesta esteira, outras editoras estão também a estudar o melhor meio de reedição das muitas obras literárias esgotadas da autoria de António Aragão.
Mais informações sobre este assunto serão divulgadas oportunamente à comunicação social.


Prof. Dr. Rui Torres
 Dr. Bruno Ministro
Dr. Bruno Ministro

20 abril 2018

Recensão da autoria do Dr. Bruno Ministro sobre a ampla produção de electrografias da autoria de António Aragão


Recensão da autoria do Dr. Bruno Ministro sobre a ampla produção de electrografias levadas a cabo por António Aragão durante a década de 1980


Electrografia 1, ou o elogio da loura de Ergasmo nu Atlânticu é um livro que se enquadra na ampla produção de electrografias levadas a cabo por António Aragão durante a década de 1980. O autor faz uso de procedimentos de manipulação electrográfica na construção de textos visuais com recurso à máquina fotocopiadora. Publicados em 1990 na Vala Comum, editora dirigida pelo próprio Aragão, os textos presentes em Electrografia 1 foram concebidos em 1984, segundo data atribuída pelo autor. Este volume é o primeiro de uma série de três livros publicados em 1990 com a estampa da sua editora: Electrografia 2 ou merdade my son, composto em 1985; e Electrografia 3 ou céu ou cara dente por dente, criado em 1987.

Descoberto por Pál Selényi no início do século XX e posteriormente desenvolvido por Chester Carlson, o processo de cópia electrofotográfica massificou-se através da comercialização de fotocopiadoras a partir da década de 1960. Ao mesmo tempo que as máquinas começam a ser usadas em escritórios e estabelecimentos comerciais, artistas como Barbara Smith, Esta Nesbitt, Bruno Munari, Joseph Beuys e Sonia Landy Sheridan fazem as primeiras experiências estéticas com recurso à nova tecnologia. Esta prática artística, conhecida como electrografia ou copy art, mas também nomeada como xerografia ou arte da fotocópia, vai ser desenvolvida por vários artistas plásticos, designers gráficos e poetas visuais sobretudo entre as décadas de 1960 e 1990.

Em Portugal, António Aragão é um dos pioneiros no campo da experimentação das possibilidades expressivas da electrografia. Os primeiros trabalhos de que há registo estão publicados em Poemografias: Perspectivas da Poesia Visual Portuguesa, livro impresso em 1985 e no qual onze poetas visuais e experimentais apresentam ensaios com propostas de caminhos para o experimentalismo português. Estes textos são acompanhados por uma mostra de trabalhos criativos da autoria dos mesmos artistas. De António Aragão encontramos já ali excertos das primeiras experiências da série de electrografias (pp. 189-200) que apenas serão publicadas na íntegra cinco anos mais tarde.

Electrografia 1 é constituída por três imagens fotográficas originais que se metamorfoseiam através da manipulação que delas é feita no decorrer do processo de cópia. Nas composições de Aragão, é possível identificar um conjunto de técnicas características da arte electrográfica, como são os casos do copy motion – efeito de movimento gerado pelo deslocamento do material original durante o processo de cópia – e da degeneração, procedimento iterativo de cópia da cópia que leva a imagem a desintegrar-se, apresentando um aspecto gasto, devido ao acentuado contraste entre tons e respectiva perda dos tons intermédios da matriz. Na sua obra, Aragão faz igualmente uso de estratégias de sobreposição, deformação, repetição, ampliação e redução, fazendo jus à tese apresentada por Christian Rigal quando afirma que a electrografia é a antítese da cópia, uma vez que “todas as técnicas electrográficas (…) são técnicas de transformação”. (Rigal, 2005: 61)

Às imagens manipuladas, António Aragão junta fragmentos verbais escritos em letra cursiva. As frases que em Electrografia 1 se imiscuem com as imagens apresentam também elas uma estética da distorção do discurso, fazendo implodir o sentido num processo de recursiva dessemantização que, através do nonsense, persegue a destruição das retóricas instituídas. Imagem e palavra não devem ser entendidas separadamente. Sobre o caso concreto da electrografia, Aragão defende no ensaio “A escrita do olhar” que palavra e imagem “não são concebidas como dois componentes isolados no texto mas antes como uma visualização articulada sempre entre imagem e palavra.” (Aragão, 1985: 186)

Ao se basearem as 38 páginas em apenas 3 imagens-matriz e tendo em conta que alguns fragmentos verbais de certa forma se repetem, Electrografia 1 tem a unidade característica de um trabalho que é desenvolvido em série. Isto é importante na medida em que, em primeiro lugar, apresenta, sem obstruções românticas, o processo genético da obra e, em segundo lugar, expõe o livro enquanto objecto com uma estrutura narrativa que não é obrigatoriamente linear.

Tem especial relevo o facto de António Aragão afirmar que não se serve da fotocopiadora apenas enquanto ferramenta para a criação, assumindo inclusive que a tecnologia participa na estruturação da obra como agente activo na interação homem-máquina: “os dois «sujeitos» funcionam numa palpitante simbiose como se fossem reduzidos apenas a um só, isto é, como se se tratasse duma única existência sistemática de que ambos participam igualmente conjugados.” (Aragão, 1987: 150) Este é mais um dos indicadores de que trabalhos artísticos como as electrografias de António Aragão preparam já a era digital.

Com o seu trabalho de copy art, António Aragão exerce uma enorme influência sobre um conjunto de outros poetas visuais que, pertencendo ao seu circuito de afinidades pessoais e estéticas, colaboram activamente nas suas experiências. É o caso do núcleo de artistas que, na década de 1980, na ilha da Madeira, se junta à volta da fotocopiadora e que inclui nomes como António Dantas e António Nelos, mas é também o caso de outros poetas experimentais como César Figueiredo que trabalharam a fundo este meio. O trabalho destes poetas visuais vai ser difundido ao longo dos anos 1980 e 1990 em exposições nacionais e internacionais, mas é sobretudo a sua actividade na rede internacional de arte postal que vai fazer circular as criações deste conjunto de poetas que, não destoando da recepção do experimentalismo na esfera editorial e crítica portuguesa, foi mantido à margem dos circuitos de distribuição comercial.

Este texto foi publicado em português no Arquivo Digital da PO.EX - Poesia Experimental Portuguesa

Este texto foi publicado em Inglês no Electronic Literature Directory, parceiro institucional do Arquivo Digital da PO.EX - Poesia Experimental Portuguesa:

This text was published in English in the Electronic Literature Directory, institutional partner of the Digital Archive of the PO.EX - Portuguese Experimental Poetry:

12 abril 2018

António Aragão foi pioneiro na Arqueologia Madeirense


Em notícia avançada pelo Diário de Notícias da Madeira no dia 12 de Abril de 2018, o Município de Santa Cruz, no âmbito da celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios e do Ano Europeu do Património Cultural, vai inaugurar uma exposição contemporânea da autoria do artista plástico madeirense Martinho Mendes e do realizador e fotógrafo polaco Michał Krenz, na Casa da Cultura, que se debruça sobre os vestígios arqueológicos do antigo Convento da Piedade de Santa Cruz, em relação ao qual António Aragão foi o responsável pelas primeiras escavações arqueológicas, acto pioneiro no âmbito da Arqueologia Madeirense. A exposição assume uma carácter crítico em relação ao total desprezo a que as autoridades portuguesas votaram o Património Cultural da Madeira, críticas que tanto foram incansavelmente proferidas pelo próprio António Aragão.

28 março 2018

19 março 2018

Diário de Notícias Madeira: «‘Santa Ana’, escultura em cantaria rija, de António Aragão», vídeo produzido pelo Governo da Região Autónoma da Madeira



«Pintor, escultor, historiador, investigador, escritor e poeta, António Aragão foi um dos maiores vultos da cultura portuguesa. Nascido em São Vicente, em 1921, é da sua autoria a escultura de ‘Santa Ana’, datada de 1959.
O nono vídeo da série Clip’arte fala-nos da escultura em cantaria rija ‘Santa Ana’, de António Aragão, incrustada no edifício da Câmara Municipal de Santana desde 1959. Produzido pela Direcção de Serviços de Educação Artística e Multimédia / Direcção Regional de Educação e com o patrocínio exclusivo do Grupo Sousa, este vídeo tem argumento de Raquel Camacho e conta com a especial participação do professor e investigador António Rodrigues.
“Mais a norte, em Santana, uma peça de 1959 habita o edifício dos Paços do Concelho: uma ‘Santa Ana’ em cantaria rija regional, com mais de dois metros de altura. É uma figura muito depurada, hirta e esguia. A Nossa Senhora, mãe de Jesus Cristo, é a menina que está ao colo de Santa Ana.”»,

in Diário de Notícias da Madeira, 18 de Março de 2018

21 fevereiro 2018

Diário de Notícias Madeira: «‘Alegoria às Descobertas’ de António Aragão», vídeo produzido pelo Governo da Região Autónoma da Madeira


«António Aragão nasceu a 22 de Setembro de 1921, em São Vicente, destacando-se como uma importante figura da cultura portuguesa em áreas como a poesia, narrativa, dramaturgia, pintura, escultura e desenho, entre outras.
O sexto vídeo da série Clip’arte fala-nos da ‘Alegoria às Descobertas’, de António Aragão, vulgarmente conhecida como ‘Pau de Sabão’, inaugurada a 28 de agosto de 1960, no Porto Santo, e alusiva ao V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Produzido pela Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia / Direção Regional de Educação e com o patrocínio exclusivo do Grupo Sousa, este vídeo tem argumento de Raquel Camacho e conta com a especial participação do professor e investigador António Rodrigues.
“Viajando até à outra ilha do arquipélago, no Porto Santo, logo à beira-mar, na Alameda do Infante, encontramos a escultura em cantaria rija com 7 metros de altura, ‘Pau de Sabão’, data de 1960 e alusiva ao V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Considerada por alguns estudiosos da área da escultura como, provavelmente, uma das suas obras de escultura pública de maior interesse, nela estão representados os descobridores portugueses.”»,

in Diário de Notícias da Madeira, 20 de Fevereiro de 2018

13 fevereiro 2018

Linha cronológica interativa de António Aragão (2.ª versão)

Bibliografia de António Aragão - Linha cronológica interativa de António Aragão 
Esta 2.ª versão (outubro de 2017) atualiza e expande os materiais disponibilizados na 1.ª versão da cronologia interativa (março de 2015) e na bio-bibliografia ilustrada (Cibertextualidades n.º 7, 2015)
Autores: Prof. Dr. Rui Torres e Dr. Bruno Ministro
Arquivo Digital da PO.EX
O Arquivo Digital da PO.EX resulta de dois projectos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela União Europeia.
https://po-ex.net/images/stories/antonioaragao/timeline/antonio-aragao.html

12 fevereiro 2018

Diário de Notícias Madeira: «Paulo Cafôfo é um corrupto»

Diário de Notícias Madeira
12 Junho 2017

"Paulo Cafôfo é um corrupto"

Gil Canha recorda o episódio do jantar-comício de Francisco Assis, no Mercado e acusa Cafôfo de pressões para a câmara não cobrar aluguer

Gil Canha. Foto Rui Silva/Aspress.

Gil Canha tem 56 anos, é licenciado em História e Ciências Sociais, deputado independente na Assembleia Legislativa da Madeira e ex-dirigente de associações ambientalistas. Foi vereador na Câmara Municipal do Funchal, entre 2009 e 2013. Há quatro anos integrou a coligação ‘Mudança’, foi eleito vereador, mas acabaria por sair em choque com Paulo Cafôfo. É o cabeça-de-lista da coligação ‘Funchal Forte’, constituída pelo Partido Popular Monárquico (PPM) e o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP).

Esta candidatura é vista como sendo, não só para a câmara mas, sobretudo, contra o presidente da câmara. É assim?

Sim, é uma candidatura, não só para benefício da cidade mas, acima de tudo, porque vejo a candidatura de Paulo Cafôfo com grande preocupação. Para mim, é um administrador incompetente. Se tivesse uma empresa, qualquer que fosse o ramo, não queria o senhor presidente Paulo Cafôfo nem sequer para porteiro. Além ser incompetente, é uma pessoa com mau carácter.

Tudo isso está relacionado com o tempo em que foi vereador e depois se demitiu? Como foi?

Há uma coisa muito importante que é preciso referir. As pessoas podem acusar-me de ressabiamento mas, se o fosse, o meu maior ressabiamento seria dirigido ao dr. Alberto João Jardim que, como as pessoas sabem, teve elementos próximos dele que queimaram o meu património e causaram-me prejuízos avultadíssimos, como também foi o caso do empreendimento dos Barreiros que foi embargado quatro vezes. Mas, se fosse para fazer um cruzeiro, não tinha problemas, porque ia rir um pouco, porque ele tem sentido de humor. Também posso dizer o mesmo do dr. Miguel Albuquerque, com quem também tive muitos diferendos. Se fosse para ser ressabiado era com eles. O senhor Paulo Cafôfo, em termos materiais nunca me prejudicou, o que tenho medo é que algum dia ele dê saltos mais altos do que a câmara.

Porquê?

Nós olhamos para a câmara e vemos como aquilo está, numa enorme desorganização.

Como foi a saída da câmara do Funchal? Sentiu que o presidente não ficou ao seu lado?

Aí é que está o problema. Há uma coisa curiosa que é importante referir antes disso. Em Fevereiro deste ano, o senhor presidente Paulo Cafôfo apontou 600 indícios de corrupção na sua própria câmara. Isso foi público e o senhor presidente disse que havia certos funcionários que recebiam ofertas para agilizar os processos. Isto é uma coisa que, até hoje, nenhum presidente de câmara se atreveu a fazer. É precisamente ao contrário. Posso afirmar e pode escrever que o senhor presidente Paulo Cafôfo é um corrupto e até gostaria que me levasse a tribunal por dizer isto.

Porque é que faz essa acusação?

O senhor presidente Paulo Cafôfo é que deveria fazer um plano de corrupção contra si próprio. E eu explico. Toda a gente sabe que houve uma grande pressão por causa das cadeiras das esplanadas para eu sair, mas isso foi um álibi para me defenestrar. A verdade é que eu estava a pôr em causa os grandes interesses, não só da Quinta do Lorde, mas do Savoy – havia pressões para que fosse licenciado –, questões com o Marítimo que, além de dever muito dinheiro fazia da câmara gato e sapato e outras situações em que a câmara estava a perder autoridade perante os grandes grupos económicos. Isso foi o primeiro grito de alerta do senhor Paulo Cafôfo contra os vereadores que foram defenestrados.

E como é que terminou?

O senhor presidente pediu para me demitir quando o grupo Sousa cercou a câmara, mas depois virou porque viu a opinião pública contra. Mas a questão da candidatura do Francisco Assis, no Mercado, é que mostra a tal corrupção de que acuso o senhor presidente Paulo Cafôfo e até me admira como é que o Ministério Público não interveio.

Pode explicar melhor?

O senhor presidente Paulo Cafôfo – isso está em acta – depois de ameaças contra o encarregado dos mercados da altura, porque uma facção do PS queria organizar um jantar de apoio ao Francisco Assis queria que eu não cobrasse 3.000 euros pelo espaço. Eu disse que não e já estava a ficar farto. Disse que estavam a aproveitar a Mudança para manter a continuidade. Disse ao encarregado que, fosse quem fosse, até o Presidente da República, tinha de pagar, porque a câmara precisava de dinheiro. O senhor chefe de gabinete começou a fazer pressão e até perguntou se ‘os nossos iam pagar’. Na segunda-feira seguinte, na reunião de vereadores executivos, o senhor presidente disse, para surpresa geral, que me iria tirar os mercados e mandar-me para as oficinas. É claro que já não poderia engolir mais sapos.

Foi aí que se deu a ruptura total?

Foi a gota que fez transbordar o vaso. Além de estarem a pressionar o encarregado dos mercados queriam que eu alinhasse numa corrupção. É sonegação de receitas da câmara. Por isso é que faço uma acusação de corrupção evidente. E adoraria que me levasse a tribunal, como já ameaçou levar quando fiz referência ao dinheiro que é desviado para propaganda no Diário.

Quando entrou na coligação ‘Mudança’ acreditava no projecto?

Sim, acreditava. Não foram o senhor presidente Paulo Cafôfo, nem a facção do PS do senhor Victor Freitas que ganharam as eleições. Quem ganhou foi um grupo de cidadãos, de pessoas independentes que acreditaram que deveríamos acabar com os vícios, com as pequenas corrupções, com uma prática do tempo do jardinismo de que uns podiam fazer tudo e os outros não podiam fazer nada. Foram esses os objectivos da ‘Mudança’ que foram atraiçoados pelo senhor presidente Paulo Cafôfo e pela facção golpista do senhor Victor Freitas do Partido Socialista.

Hoje, a vereação da CMF não é da ‘Mudança’ mas do PS?

Não diria do PS, mas de uma facção do ‘underground’ do PS, pessoas que ao longo dos tempos foram afastadas por nebulosas suspeições em relação à sua conduta. Que se aproveitaram de uma pessoa com uma ambição desmedida, que atraiçoa tudo por uma estratégia de poder.

A candidatura de Paulo Cafôfo é um trampolim para outros cargos?

Sim, o senhor Paulo Cafôfo é a pessoa mais ambiciosa que conheci. A ambição não é um pecado, mas quando está aliada a um narcisismo doentio torna-se perigosa. Nessa situação, a pessoa atraiçoa o sentido e Estado e de bem comum, de defesa do interesse público e do organismo em que está à frente, para começar a agradar todos porque o objectivo é uma estratégia de poder. Se por acaso acontecer essa calamidade pública de Paulo Cafôfo tomar contar do governo regional, vai querer ser primeiro-ministro. E isso era uma tragédia para Portugal.

No meio de todas essas acusações, encontra algo de positivo nesta governação da CMF?

Se repararem, o que a câmara fez, neste quatro anos, foi propaganda pura e posso dar vários exemplos. O regulamento de ocupação da via pública foi medito na gaveta; o regulamento de publicidade que é fundamental foi metido na gaveta; a desmaterialização da câmara, para acabar com os documentos em papel, foi metida na gaveta, mas com quase três milhões de euros...

Mas foi inaugurada a Loja do Munícipe.

Sim, mas é um Ferrari a pedais, porque por detrás daquela fachada continua tudo a carvão e a petróleo.

E o Plano Director Municipal, que era um ponto de honra da Mudança?

O PDM é um escândalo e mostra a incompetência da câmara e do senhor presidente. Como é possível que um PDM que já estava quase pronto em 2013 fosse metido na gaveta e só agora, em altura de eleições é que saiu. É um escândalo que só com descargas maciças de propaganda sobre a população pode ser ignorado.

Essa é uma acusação que tem feito sempre a Paulo Cafôfo.

Sim e até me custa que o Diário de Notícias se envolva numa situação destas. Na minha vida pública, não sei quantas primeiras páginas negativas tive no Diário, o dr Miguel Albuquerque teve muitas, o senhor Paulo Cafôfo não teve uma única. Por isso é que faço tantas críticas. Esta é a minha opinião.

Além do confronto com Paulo Cafôfo, o que é que vai apresentar mais aos funchalenses?

A nossa aliança com os pequenos partidos foi feita porque forma os únicos que não nos pediram nada na lista. Fui contactado por muitos partidos que queriam o segundo, o terceiro e mais isto mais aquilo e eu disse que não. Vamos fazer uma lista técnica. Nem pessoas do meu ex-partido, o PND, entram na lista. Só vamos ter técnicos, porque a administração a câmara é técnica, é como gerir um grande condomínio. A minha equipa será a mais técnica que esta câmara alguma vez teve. Não vamos ter agentes políticos, mas vamos contar com pessoas defenestradas pelo senhor Paulo Cafôfo.

Como o ex-vereador José Edgar Silva?

Sim, mas mais pessoas que ainda não posso adiantar. Uma coisa é certa, o senhor presidente Paulo Cafôfo perdeu os apoios da ‘Mudança’ inicial, nós ainda temos os apoios todos do núcleo duro.

E programa?

Temos um programa para a câmara ter uma actuação mais transparente, mais agilizada. Temos muitos regulamentos e classificações de arruamentos e moradias, como foi o das moradias da Avenida do Infante que foi metido na gaveta porque prejudicava o licenciamento do Savoy. Vamos fazer o levantamento dos arruamentos clássicos da cidade para preservar, porque o Funchal é uma cidade turística. Também nos propomos valorizar os funcionários da câmara. Temos projectos para as zonas altas e para as zonas de risco. Queremos uma cidade mais segura e com melhores condições de habitabilidade.

Em termos eleitorais, também é dito que esta candidatura, por pressionar tanto Paulo Cafôfo, poderá favorecer a do PSD e Rubina Leal. É assim?

Essas observações merecem, de mim, uma gargalhada, como perante um palhaço no circo. Quando fomos defenestrados da câmara, isso foi dar os trunfos todos ao PSD para ganhar as eleições legislativas logo a seguir. Criaram uma crise, daquela magnitude, dentro de um coligação cujos elementos andaram 20 anos a combater um regime totalitário. Veio um senhor do Campanário, de quem nunca se viu um artigo, uma intervenção pública na defesa do património, mas em que confiámos e que a primeira cosia que faz é atraiçoar esses princípios. Nessa altura, não vi ninguém, desses senhores lamechas que agora choram, a vir se queixar que o senhor Paulo Cafôfo tinha feito um grande favor ao PSD. O dr. Miguel Albuquerque ganhou aquelas eleições, com uma maioria absoluta à tangente, devido à crise que Paulo Cafôfo e Victor Freitas fizeram na câmara.

Como vê a candidatura de Rubina Leal?

Acho que tem um grande problema que é carregar a tragédia urbanística, porque foi cúmplice do dr. Miguel Albuquerque. Mas tenho de reconhecer que, retirando essa tragédia com laivos de corrupção que houve no tempo de Albuquerque, nesse tempo notava-se organização e a dra. Rubina Leal era uma das primeiras a chegar e das últimas a sair. Era uma trabalhadora incansável e toda a gente reconhece isso. Hoje, vê-mos uma cidade suja, desorganizada, velha, porque não há a atenção que havia antes.

Havia mais organização na câmara anterior?

Sim, havia muito mais preocupação com o alindamento da cidade. Honra seja feita, no tempo do dr. Albuquerque, o senhor vereador Henrique Costa Neves ia todos os meses aos Viveiros e dava uma volta pelo Funchal. Agora, só no Natal, para uma festinha é que lá vão.

O que seria um bom resultado eleitoral para esta candidatura?

Com a nossa equipa, o objectivo é ganhar a câmara. Esta é a oportunidade de os funchalenses terem uma equipa séria. Em termos de objectivos, penso que estão abertas todas as possibilidades, desde elegermos um vereador até ganharmos a câmara. Isso está na mão dos funchalenses.

in Diário de Notícias da Madeira, 12 de Junho de 2017