27 abril 2021

Comemorações do Centenário do Nascimento de António Aragão: Programa Universidade Fernando Pessoa coordenado pelo Prof. Dr. Rui Torres, Julho, Agosto e Setembro de 2021

O ano de 2021 assinala o centenário do nascimento de António Aragão, que estudou história, urbanismo, arqueologia e etnografia; envolveu-se com artes, ofícios e mediações; escreveu poesia, prosa e letras. Vamos celebrar, conhecer e dialogar, no Porto, no Funchal, na Calheta e em Santa Cruz, entre Julho e Setembro de 2021.

Colóquio

os sinais são as evidências que permanecem sempre apontando

Universidade Fernando Pessoa, Porto, 22 e 23 julho 2021. Organização: Rui Torres


antónio aragão investigou a história, urbanismo, arqueologia e etnografia do Arquipélago da Madeira: qual a importância e atualidade dos seus estudos?

antónio aragão criou pinturas, desenhos, aguarelas, colagens, livros de artista, esculturas: que desafios para um entendimento da arte essas obras ainda levantam?

antónio aragão escreveu poemas, romances, contos, crónicas e teatro: qual a relevância desses textos para compreender a multiplicidade da literatura?

antónio aragão compôs obras caraterizadas pela espacialização, constelação e visualismo: qual o lugar do autor no contexto do experimentalismo literário?

antónio aragão trabalhou em simbiose com fotocopiadoras, computadores, vídeo e mostrou-se atento ao som e à performance: que estímulos na sua obra permitem pensar a sociedade mediada?

antónio aragão ensaiou crítica e teorização das artes: que nos dizem esses exercícios sobre o seu momento e que aspetos do seu pensamento ainda perduram?

antónio aragão organizou e dinamizou publicações coletivas, exposições, debates e intervenções: que marcas deixou a sua ação comunicativa?

antónio aragão envolveu-se na arte por correio e correspondeu-se com agentes da cultura e das artes do seu tempo: que rasto dessas interlocuções identificamos?

antónio aragão era um provocador e agitador de ideias: que nos ensina o seu espírito crítico sobre a importância de desviar (d)as normas?

antónio aragão escreveu a várias mãos com outros e influenciou artistas e poetas: quem se declara e se apresenta?


Os artigos resultantes das comunicações deste Colóquio serão publicados na secção Ensaios / Artigos da Revista TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas (UMa-CIERL/CMF/IA), que terá como tema de capa “ANTÓNIO ARAGÃO, antena receptiva (1921-2008)”


Programa

22 julho 2021 10h-12h

Sessão de Abertura

  • Nadine Trigo | Pró-Reitora do Desenvolvimento Institucional e Relações Internacionais da Universidade Fernando Pessoa
  • Américo Rodrigues | Diretor Geral das Artes, Ministério da Cultura da República Portuguesa
  • Rui Torres | Organizador do Colóquio: os sinais são as evidências que permanecem sempre apontando
  • Bruno Ministro | Curador da Exposição: um desejo inconcebível de abrir todas as portas
  • Isabel Santa Clara Emanuel Gaspar | Organizadores das Evocações: a imaginação passa de espelho receptivo a operante
  • Carlos Valente | Curador da Exposição: Pensar Aragão

Conferência Inaugural

  • António Aragão, contador de histórias, Histórias, estórias e istórias | Bruno Ministro Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da Universidade do Porto

22 julho 2021 15h-17h30

um céu azul por cima e um pitoresco turístico em voltahistória e etnografia [Apresentação e moderação por Judite de Freitas Universidade Fernando Pessoa]

  • para mim, eu meto o telescópio ao contrário, é olhar para dentro: O experimentalismo etnográfico de António Aragão | Diogo Marques Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra | Ana Gago Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes da Universidade Católica Portuguesa

ler é igual a ver e ver igual a lerpintura e escultura [Apresentação e moderação por Eduardo Paz Barroso Universidade Fernando Pessoa]

  • António Aragão entre linhas, cores e volumes | Isabel Santa Clara Universidade da Madeira

novas morfologiasconcretas e visuais [Apresentação e moderação por Sara Lacerda Campino Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, Univ. NOVA Lisboa]

  • António Aragão e Herberto Helder: entre o experimentalismo e a experiência literária | Ana Cristina Joaquim Departamento de Teoria Literária da Universidade Estadual de Campinas
  • Breves apontamentos sobre a cor, o papel, o gesto, e o verbal em António Aragão | Wagner Moreira POSLING; Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

23 julho 2021 10h-12h

qualquer coisa para comunicaredição e difusão [Apresentação e moderação por Manuel Portela Universidade de Coimbra]

  • Lançamento de Livros de António Aragão pelas Edições do Saguão | Rui Miguel Ribeiro editor
  • Ana Salgueiro | Organizadora do número anual impresso da revista “TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas”, que terá como tema de capa “António Aragão, antena receptiva (1921-2008)”

um certo convívio social e humanocorrespondência e rede [Apresentação e moderação por Inês Cardoso Universidade do Porto]

  • Presença de António Aragão no Arquivo Fernando Aguiar de Poesia Experimental & Visual, Performance, Mail-Art, Fluxus e Arte Conceptual | Fernando Aguiar poeta e colecionador
  • Espólio literário de António Aragão na Universidade Fernando Pessoa | Rui Torres Universidade Fernando Pessoa

inter-acção: acto-mútuo de concordância criativadiálogo e comunicação [Apresentação e moderação por Rui Torres Universidade Fernando Pessoa]

  • Responde agora a uma nova sedução: Possíveis rastos de António Aragão na criação de Herbert Vianna | Aurora Almeida de Miranda Leão Universidade Federal de Juiz de Fora

23 julho 2021 15h-17h30

forças semânticas imprevistaspoesia e prosa [Apresentação e moderação por Rosa Maria Martelo Universidade do Porto]

  • Um Buraco no Ovo: problemáticas da linguagem, em António Aragão | Sandra Guerreiro Dias Instituto Politécnico de BejaCentro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra

o artista apenas oferece uma estruturaestética e poética [Apresentação e moderação por Eunice Ribeiro Universidade do Minho]

  • Com licença, desarrumo-te o meu perfil: a mineração das palavras na poesia de António Aragão, Alberto Pimenta e Affonso Ávila | Rogério Barbosa da Silva Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

atitude gostosamente polémicaintervenção e movimento(s) [Apresentação e moderação por Diogo Marques Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra]

  • António Aragão e a linguagem da sexualidade: acerca do título um buraco na boca para uma reflexão linguística | Helena Rebelo Universidade da Madeira; Universidade de Aveiro

a poesia deve ser tomada por todos os sentidostecnologia(s) e suporte(s) [Apresentação e moderação por Bruno Ministro Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da Universidade do Porto

  • António Aragão e as relações entre arte e tecnologia | Pablo Gobira Universidade do Estado de Minas Gerais; Universidade Federal de Minas Gerais

Comissão Científica

Diogo Marques (Centro de Literatura Portuguesa, Univ. Coimbra)

Duarte Manuel Freitas (Univ. Autónoma de Lisboa)

Eunice Ribeiro (Univ. Minho)

Inês Cardoso (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, Univ. Porto)

Isabel Santa Clara (Univ. Madeira)

Manuel Portela (Univ. Coimbra)

Rogério Barbosa da Silva (CEFET, Minas Gerais)

Rosa Maria Martelo (Univ. Porto)

Rui Carita (Univ. Madeira)

Sara Lacerda Campino (Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, Univ. NOVA Lisboa)


Exposição

um desejo inconcebível de abrir todas as portas

Casa da Cultura de Santa Cruz | Quinta do Revoredo, setembro a dezembro 2021. Curadoria: Bruno Ministro


São marcas de multiplicidade na obra de António Aragão a profusão de géneros literários e artísticos praticados pelo autor — da pintura à poesia, passando pela escultura, ficção e teatro. São-no também a diversidade de formas por ele cultivadas — e expandidas — nos campos de cruzamento entre cada um desses mesmos géneros — o que se manifesta em trabalhos de poesia experimental e visual, pintura figurativa e não figurativa, eletrografia, livro de artista, performance, entre outros.

De modo interligado, poderemos ainda considerar que também a experiência é central no vocabulário de António Aragão e que, por isso, a experimentação é algo que trespassa a sua obra múltipla. Isto se se pode realmente falar de um vocabulário para uma obra que não obedece a “grammamáticas”, para recorrer, de modo livre, a uma expressão do próprio autor.

Tendo em conta o que atrás ficou dito, julgamos poder sublinhar o modo como a multiplicidade da experiência na obra de Aragão é simultaneamente o princípio, o processo e o resultado do seu “desejo inconcebível de abrir todas as portas”.

A exposição um desejo inconcebível de abrir todas as portas nasce de um semelhante desejo de abrir portas ao conhecimento sobre António Aragão através de uma mostra ampla da sua obra. Começa, por isso, por apropriar aquelas palavras do autor para o seu título e programa de curadoria. Assim, a exposição centra-se na produção literária do autor com o objetivo de oferecer aos seus leitores-visitantes — quais “antenas receptivas” — um contacto situado com a obra de um dos autores mais relevantes do experimentalismo literário português e internacional. Espera-se, também, que seja possível, a partir dela, o exercício da imaginação do “inconcebível” que sempre fica oculto na impossibilidade probabilística de tudo dar a ver.

Estar a exposição dedicada à prática literária de António Aragão em nada implica uma artificial proposta de delimitação ou cisão absoluta entre as artes, os géneros e os gestos criativos do poeta e artista. Justamente por esse motivo, o plano de exposição começa por apresentar um quadro da última série por si produzida em vida e acaba com um conjunto de obras plásticas do período inicial do seu trajeto criativo, momento esse em que Aragão ainda estava centrado na pintura e menos na escrita. Pelo meio, considerando a escrita como uma escrita expandida, as várias salas da exposição compõem-se e decompõem-se (construir é, em António Aragão, desconstruir) por livros, revistas, opúsculos, folhetos, livros-objeto, entre outros. Entende-se, com esta opção curatorial, que o diálogo e a via relacional entre as próprias obras será porventura um dos modos mais produtivos para as dar a ver de novo, de uma forma ela mesma experimental — e múltipla, espera-se. Também aqui se procura sintonizar, portanto, a “antena receptiva” mais além do olhar imediato ou da linearidade de uma cronologia historicista.

A partir do núcleo que recebe o visitante-leitor e que cumpre o propósito de apresentar e situar o trabalho do autor na sua produção literária mais vasta, abrem-se três outros núcleos expositivos. De uma forma que, ao jeito produtivamente contraditório do próprio autor, quer ter tanto de coerente como de incoerente, estes núcleos, embora separados, interligam-se e comunicam entre si. Fazem-no, por um lado, através das citações trazidas emprestadas dos ensaios assinados pelo próprio que, aqui, dão nome aos vários núcleos. Tal expressa-se de igual forma, por outro lado, nos pares de palavras que, na exposição, se propõem enquanto chave para uma aproximação às múltiplas facetas da sua obra em movimento.


Além da pequena brochura que acompanhará a Exposição e que será editada pela Casa da Cultura de Santa Cruz aquando da inauguração, o catálogo e reflexão crítica desenvolvidos neste âmbito serão publicados na secção Olhares Cruzados da Revista TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas (UMa-CIERL/CMF/IA), que terá como tema de capa “ANTÓNIO ARAGÃO, antena receptiva (1921-2008)”


Núcleos da exposição

eu vagamente acontecendo na obscuridade > biografia e cronologia

> onde se apresenta António Aragão e António Aragão se (auto)apresenta

a poesia começa onde o ar acaba > poemas e problemas

> onde se dá a ver um conjunto de livros e outras publicações experimentais do autor

o prestígio do individualismo atingiu o seu termo > diálogos e encontros

> onde se dá o encontro entre obras individuais, coletivas e colaborativas e, mais do que cindir essas três dimensões, se chama a atenção para o diálogo que todas elas implicam no percurso do autor

os símbolos gastam-se como as baterias: descarregam-se > gestos e grafias

> onde se traça uma linha de afinidades entre o gesto tecnológico e o gesto caligráfico em obras de literatura e artes visuais


Comissão Consultiva

António Barros
António Dantas
António Rodrigues
Carlos Valente
César Figueiredo
Emanuel Gaspar
Fernando Aguiar
Isabel Santa Clara
Rui Carita
Rui Torres

 

Evocações

a imaginação passa de espelho receptivo a operante

Funchal, Calheta e Santa Cruz, setembro 2021. Organização: Isabel Santa Clara & Emanuel Gaspar


Os registos documentais e testemunhos desenvolvidos no âmbito das Evocações serão recolhidos e organizados por Emanuel Gaspar publicados na secção Olhares Cruzados da Revista TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas (UMa-CIERL/CMF/IA), que terá como tema de capa “ANTÓNIO ARAGÃO, antena receptiva (1921-2008)”


Atividades

as vozes passaram muros/ dos muros vieram braços > conversas e testemunhos

  • Palavrando sobre “História, Arqueologia e Museologia”, com Martinho MendesNelson VeríssimoJorge Valdemar GuerraÉlvio SousaEmanuel Gaspar @ Museu Quinta das Cruzes
  • Palavrando sobre “Etnografia”, com Jorge Freitas Branco, Paulo Esteireiro @ Casa da Cultura de Santa Cruz

eu vi que a gente chega aqui e realmente sufoca > histórias e estórias

  • Palavrando sobre “Literatura”, com  Ana Isabel MonizLeonor Martins CoelhoRaquel Gonçalves @ Auditório da Universidade da Madeira – Reitoria
  • Palavrando sobre “Artes e Experimentalismos”, com António BarrosAntónio DantasCarlos ValenteIsabel Santa ClaraAntónio RodriguesRui TorresFernando AguiarManoel Barbosa @ MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira

simbiose(s) cumulativa(s) > releituras e abordagens

  • “De nível”, org. Martinho Mendes. Passagens de António Aragão pelo Museu de Arte Sacra do Funchal. Evocação das exposições “O Funchal ontem e hoje” (1980) e “Retrospetiva de Pintura” (1981), no âmbito da qual António Aragão fez a performance “Conferência de nível” @ Museu de Arte Sacra do Funchal
  • “Vulcânico PaLavrador _uma elegia a António Aragão”, de António Barros.  Lançamento @ MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira

ousar é mais importante que usar > encenações e performances

  • “Desastre Nu”, pelo Grupo de Teatro Art’Imagem @ MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira
  • “Poesia Urro”, de António Aragão, doação ao MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira, por António Barros @ MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira
  • “A.A.A.”, performance de Manoel Barbosa; com Isabel Costa (performer), António Dantas (vídeo); Pedro Pestana (som) @ MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira

«ler» o poema é simplesmente dobrar e desdobrar > leituras e interpretações

  • Concerto dos Xarabanda com recolhas feitas por António Aragão @ Casa da Cultura de Santa Cruz

E ainda:

  • Participação no Número 4 da Revista TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas dedicado a “ANTÓNIO ARAGÃO, antena receptiva (1921-2008)”

Iniciativas de outras Instituições:

  • “PENSAR ARAGÃO (mais ou menos exatamente)”, Exposição com curadoria de Carlos Valente e direção de Teresa Klut @ Quinta Magnólia – Centro Cultural
  • Lançamento de livro de Jorge Valdemar Guerra acerca do convento da Piedade de Santa Cruz, com documentação complementar das escavações arqueológicas de A.A. (edição do Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira) @ Casa da Cultura de Santa Cruz
  • Exposição “António Aragão – Historiador, Arqueólogo e Etnógrafo” @ Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira
  • Número de Dezembro da revista Islenha dedicado a António Aragão, org. Direção Regional da Cultura

09 abril 2021

Peça de Teatro "Desastre Nu" de António Aragão de volta à cena no Porto


"A humanidade cheira mal.

É no universo do Teatro do Absurdo que procuramos expressar o sentido do sem sentido da condição humana que neste espectáculo surge como ideia inicial. A expressão artística dá espaço à filosofia implícita no texto sem lhe colocar necessariamente um significado objectivo. Através da poesia do discurso, o actor faz emergir imagens concretas abandonando assim os instrumentos racionais e objectificando o trabalho de actor em palco.

Nos quadros desta peça – que não estão claramente ligados entre si - trabalhamos o espaço vazio, permitindo ao actor a execução do trabalho pela via do desligamento da realidade. É através do jogo de movimento e das palavras que criamos acções repetidas e sem sentido, dentro do sentido não natural do próprio discurso. Elementos cómicos relacionados com discursos trágicos formam a execução teatral. Diálogos com cliché e alguma paródia permitem uma viagem absolutamente responsável neste universo do absurdo e neste texto repleto de questões, promovendo assim reflexão sobre os temas que a todos nos apoquentam. É na loucura dos tempos de ontem e de hoje que nos inspiramos, conscientes de sermos questionadores afirmativos das problemáticas globais.

Deparamo-nos em reflexão com a realidade suja da nossa existência. A humanidade está cheia de si mesma. As questões que a fazem caminhar para diante, fazem-na recuar no tempo dos tempos até mesmo ao antes da existência da consciência do ser e do estar. É urgente destruir (reconstruir?) o poder. O poder político, o poder religioso, o poder económico, o poder social, a discriminação e o abuso ligam-se num só texto e em palco num jogo de poder, com enredos cíclicos e absurdamente expansivos."

Autor António Aragão Encenação e Dramaturgia Daniela Pêgo Assistente de Encenação/Desenho de Luz André Rabaça Interpretação Flávio Hamilton, Diana Barnabé, Filipe Gaspar, Gustavo Caldeira Figurinos e Adereços Cláudia Ribeiro Assistente de Figurinos e Aderecista Inês Liberal Mestra Costureira Marlene Rodrigues Execução de Adereços Cláudia Ribeiro, José Lopes Música Carlos Adolfo Direcção de Produção Sofia Leal Assistente de Produção José Pedro Pereira Fotografia Nuno Ribeiro Design Tiago Dias Direcção Artística do Teatro Art´Imagem José Leitão

M/12 
 90M (aproximadamente)

Quinta da Caverneira

Av. Pastor Joaquim Eduardo Machado

Águas Santas

4425-253 Maia - Porto

Portugal

GPS:  - 08º 34' 35'' O  |  - 41º 12' 06'' N

TEL: (+351) 22 208 40 14  |  FAX: (+351) 22 208 40 21

teatroartimagem@hotmail.com

https://www.noticiasmaia.com/maia-teatro-artimagem-traz-desastre-nu-de-volta-a-cena/

15 março 2021

Comemorações do Centenário do Nascimento de António Aragão: Colóquio Universidade Fernando Pessoa, Porto, Julho de 2021


os sinais são as evidências que permanecem sempre apontando


2021 – Centenário do Nascimento de António Aragão

S. Vicente, Madeira (1921) – Funchal, Madeira (2008)


Universidade Fernando Pessoa, Porto, Julho 2021

Organização: Prof. Dr. Rui Torres



potencialidade do acontecer

coloquioantonioaragao2021@gmail.com

basta (ass)assinar

https://po-ex.net/tag/antonio-aragao/ 

qualquer dia nada resta. consumou-se um crime

história, urbanismo, arqueologia, etnografia

ilegibilidade essencial do objecto de arte

artes, ofícios, mediações

um leque – leque moderno, actual, contemporâneo

poesia, prosa, letras

um enfeixar de diferentes vozes

celebrar, conhecer, dialogar

disse antónio aragão

e nós procuramos múltiplas experiências, antenas receptivas

sentimos necessidade de comunicar
 

temas propostos:

[1.1] um céu azul por cima e um pitoresco turístico em volta

história e etnografia
[antónio aragão investigou a história, urbanismo, arqueologia e etnografia do Arquipélago da Madeira: qual a importância e atualidade dos seus estudos?]

[1.2] ler é igual a ver e ver igual a ler

pintura e escultura
[antónio aragão criou pinturas, desenhos, aguarelas, colagens, livros de artista, esculturas: que desafios para um entendimento da arte essas obras ainda levantam?]

[1.3] forças semânticas imprevistas

poesia e prosa
[antónio aragão escreveu poemas, romances, contos, crónicas e teatro: qual a relevância desses textos para compreender a multiplicidade da literatura?]

[1.4] novas morfologias

concretas e visuais
[antónio aragão compôs obras caraterizadas pela espacialização, constelação e visualismo: qual o lugar do autor no contexto do experimentalismo literário?]

[1.5] a poesia deve ser tomada por todos os sentidos

tecnologia(s) e suporte(s)
[antónio aragão trabalhou em simbiose com fotocopiadoras, computadores, vídeo e mostrou-se atento ao som e à performance: que estímulos na sua obra permitem pensar a sociedade mediada?]

[1.6] o artista apenas oferece uma estrutura

estética e poética
[antónio aragão ensaiou crítica e teorização das artes: que nos dizem esses exercícios sobre o seu momento e que aspetos do seu pensamento ainda perduram?]

[1.7] qualquer coisa para comunicar

edição e difusão
[antónio aragão organizou e dinamizou publicações coletivas, exposições, debates e intervenções: que marcas deixou a sua ação comunicativa?]

[1.8] um certo convívio social e humano

correspondência e rede
[antónio aragão envolveu-se na arte por correio e correspondeu-se com agentes da cultura e das artes do seu tempo: que rasto dessas interlocuções identificamos?]

[1.9] atitude gostosamente polémica

intervenção e movimento(s)
[antónio aragão era um provocador e agitador de ideias: que nos ensina o seu espírito crítico sobre a importância de desviar (d)as normas?]

[1.10] inter-acção: acto-mútuo de concordância criativa

diálogo e comunicação
[antónio aragão escreveu a várias mãos com outros e influenciou artistas e poetas: quem se declara e se apresenta?]

 

Comissão Científica

Diogo Marques (Universidade de Coimbra)

Duarte Manuel Freitas (Universidade Autónoma de Lisboa)

Eunice Ribeiro (Universidade do Minho)

Inês Cardoso (Universidade do Porto)

Isabel Santa Clara (Universidade da Madeira)

Manuel Portela (Universidade de Coimbra)

Rogério Barbosa da Silva (CEFET-MG, Brasil)

Rosa Maria Martelo (Universidade do Porto)

Rui Carita (Universidade da Madeira)

Sara Lacerda Campino (Universidade Nova de Lisboa)